O Conselho Federal de Odontologia (CFO) solicitou a remoção de anúncios de produtos odontológicos ilegais e sem registro junto às autoridades sanitárias das principais plataformas de e-commerce em operação no Brasil. A medida visa proteger a saúde da população, uma vez que esses produtos podem representar riscos graves aos consumidores.
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De acordo com o presidente do CFO, Claudio Miyake, a comercialização de materiais odontológicos sem procedência tem se tornado cada vez mais comum na internet. “Muitas dessas informações chegam até nós por meio dos Conselhos Regionais de Odontologia, que desempenham um papel fundamental na fiscalização. Agora, vamos recomendar às grandes empresas de e-commerce que retirem esses anúncios do ar e se tornem parceiras na proteção da saúde dos brasileiros”, afirmou Miyake.
Entre os itens comercializados de forma irregular estão as chamadas “resinas” ou “massas de restauração”, que são vendidas na internet como solução para espaços de dentes ausentes. Segundo os anúncios, o material deve ser diluído e aquecido em água antes da moldagem, mas sua composição química é desconhecida, o que expõe os pacientes a riscos como alergias, toxicidade e problemas de mordida.
Outro produto alvo de preocupação é o “kit de lente dental”, também conhecido como “snap on”, que promete um sorriso mais bonito com dentes alinhados e brancos. Além disso, clareadores dentais de venda livre podem conter substâncias abrasivas que devem ser utilizadas apenas sob orientação profissional.
As “joias de dentes”, vendidas em diferentes modelos, também são motivo de alerta. Quando fabricadas com materiais de baixa qualidade, podem ter efeito corrosivo e comprometer a saúde bucal dos usuários.
O CFO também reforça o alerta contra produtos odontológicos piratas, como toxina botulínica falsificada vendida a preços muito abaixo do mercado. O uso de tais substâncias sem a devida fiscalização pode trazer consequências graves para a saúde dos pacientes.
Para garantir a segurança dos tratamentos odontológicos, o CFO orienta a população a evitar produtos sem registro e reforça que qualquer procedimento deve ser realizado por cirurgiões-dentistas habilitados, dentro de consultórios especializados que sigam as normas sanitárias vigentes.