Pesquisadores da Faculdade de Odontologia da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) utilizaram um teste de infiltração bacteriana para avaliar e comparar a capacidade de selamento de um cimento experimental à base de própolis (EPC) e do agregado de trióxido mineral (MTA). Quando empregados na forma de tampão apical, utilizando o sistema de infiltração de glicose, o EPC se mostrou significamente superior ao MTA – a capacidade de selamento do produto experimental foi 100% eficiente dos testes de infiltração de glicose, e foi 60% resistente a bactérias.
Para o teste de infiltração de glicose, trinta segmentos radiculares foram divididos aleatoriamente em dois grupos experimentais, de acordo com o cimento utilizado na confecção do tampão apical. Os segmentos radiculares foram preparados e a quantidade de glicose infiltrada foi mensurada, seguindo uma reação enzimática, e quantificada por meio de um espectrofotômetro. Para o teste de infiltração bacteriana, outros 15 dentes foram submetidos aos procedimentos de apexificação, preenchido com EPC e montados em um aparato específico. O número de espécimes infiltrados foi observado, semanalmente, durante 70 dias.
Os estudiosos concluíram que o cimento experimental à base de própolis, na forma de tampão apical, promoveu superior capacidade de selamento comparado ao MTA, e excelente desempenho em ambos os testes de infiltração. O estudo, intitulado “Potencial capacidade de selamento de um novo cimento à base de própolis, utilizado como tampão apical, comparado ao MTA”, foi publicado na edição V5N2 do Dental Press Endodontics.