O funcionário público Luiz Carlos das Dores, que sofreu uma infecção generalizada após colocar facetas nos dentes, faleceu de causa natural, de acordo com o laudo da Polícia Científica. Na época da morte, em setembro de 2022, familiares de Luiz teve a infecção por conta das facetas e registraram ocorrência na polícia. Contudo, a autópsia mostrou que a morte não teve ligação com o tratamento odontológico.
A defesa da dentista Jamilly Flexa, responsável por colocar as facetas em Luiz Carlos, afirmou que aguarda a conclusão do inquérito policial, assim como o fim do processo administrativo no Conselho Regional de Odontologia, para tomar as providências cabíveis.
Segundo o documento, Luiz Carlos teve dissecção da aorta e um trombo volumoso, que é uma condição preexistente, ou seja, não depende de fator externo, e uma infecção causada por bactéria. Após a morte do paciente, o Conselho Regional de Odontologia de Goiás (CRO-GO) abriu um procedimento administrativo para apurar o caso.
O marido de Luiz Carlos, o empresário Benedito Antônio Nascimento, contou na época da morte que a vítima teve vários problemas com as próteses por mais de um mês, até que foi parar na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) e não resistiu. Luiz colocou 24 facetas, que custariam R$ 42 mil.
O empresário contou que os exames de raio-x apontaram que ele tinha uma doença de perda óssea, o que, segundo outra profissional que orientou a família, impossibilitava que ele tivesse feito o procedimento. Ele foi internado no dia 8 de agosto e morreu 10 dias depois.
“No dia 27 de junho ele já estava com as facetas. Dias depois, começou a ter dores. Passou muito mal no começo de agosto. Teve inchaço em um dos dentes e uma íngua. A dentista o avaliou, mas disse que ele não tinha nada”, conta Benedito.
Depois do inchaço, Benedito contou que o marido teve falta de ar, queda na saturação e de pressão, além da dor no dente. Alguns dias depois, foi internado em um hospital, e logo transferido para a UTI de outra unidade de saúde.