O mexicano Hugo Sanchez foi um conhecido jogador de futebol da década de 80. Marcou com a camisa do Atlético e do Real Madrid. O que poucos sabem é que os sorrisos que ele fazia não ficavam só nos estádios – após jogadas inteligentes e gols. O atleta levava uma carreira paralela como dentista!
Ainda na década de 70, durante os jogos olímpicos de Munique, Hugo viu seu irmão atuar na comeptição e, na segunda metade da mesma década resolveu se profissionalizar e passou a defender o Pumas, um clube do mexico.
“Eu era pequeno e via o meu irmão, pediam autógrafos para ele, entrevistas na televisão e, se tratando das Olimpíadas, me pareceu algo muito bonito. Nesse período, só aceitavam jogadores amadores, então meti na cabeça a ideia de jogar os Jogos Olímpicos. Meus irmãos mais velhos jogaram na Universidade Nacional Autônoma do México, que são os Pumas. Esta equipe me impulsionou, meus irmãos mais velhos jogavam lá, e eu queria ser como eles, assim como outros mexicanos que estavam jogando na seleção. A minha referência mundial, porém, foi o Pelé”, disse o jogador ao ESPN.com.br.
A ideia de cursar odontologia veio da mãe do atleta. Segundo o jogador, ela dizia que ele deveria terminar a carreira como profissional para ter educação, cultura e respaldo, já que, no futebol, ele poderia sofrer alguma lesão ou ter algum tipo de doença e, eventualmente ficar sem nada. Dessa forma, entre 76 e 81, ele estudou na mesma univesidade que era dona da equipe profissional onde ele atuava.
“Eu treinava pela manhã e estudava à tarde. Estava lá mesmo, na Cidade Universitária. Foi difícil porque depois dos treinos estava cansado, mas foram cinco anos que passaram rápido e eu tinha em mente jogar na Europa”, afirmou à ESPN. Nas férias da faculdade e do Campeonato Mexicano, o atacante ia jogar nos clubes dos Estados Unidos, o que abriu portas no “Velho Continente”.
Mesmo após conseguir vestir a camisa de um clube europeu, em Madrid, Hugo seguiu com a odontologia em vista e foi pedir um estágio no Centro Eudopeu de Odontologia para ter a prática na área. Durante anos, ele atendeu diversas pessoas para concluir sua graduação, enquanto defendia sua equipe.
“Isso me servia para tirar a pressão depois dos jogos do Atlético e do Real Madrid. Quando eu colocava o avental, eu não me sentia como um futebolista, mas como o doutor Sánchez (risos). Não me conheciam tanto como dentista como futebolista, mas pelo menos me servia para relaxar e para sair o estresse. Tive oportunidade de cuidar da boca de vários colegas de Real e do Atlético e dos seus familiares. Foi uma experiência muito bonita”, destacou ao canal esportivo.