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Vamos abraçar mais? Inclusive eu?

Por abraçarmos mais nas férias, temos a sensação de mais alegria e felicidade!

Por abraçarmos mais nas férias, temos a sensação de mais alegria e felicidade!

Um abraço no lugar do cumprimento com mãos ou voz, deixa o outro mais
confiante e feliz. Isto é evidência científica publicada e aceita universalmente. A alegria
aumenta a quantidade do hormônio ocitocina no sangue. Seria muito bom aprendermos
abraçar gostoso, e muito, desde quando pequenos e faz muito bem para a saúde.
Em um abraço, o cérebro libera ocitocina e nos leva a ter compaixão, ser solidário e
amar ao próximo. Ela inibe o estresse e aumenta a liberação da dopamina e serotonina
que nos deixam felizes. A ocitocina é produzida no hipotálamo, uma parte do cérebro,
em forma de vesículas levadas para a hipófise que a libera no sangue, estimulando
sentimentos que podem ajudar a entender a origem do bem e do mal, assim como
nossos critérios de moralidade.
Pode ser uma visão distorcida de minha parte, mas parece que as pessoas estão
mais chatas, menos risonhas e muito encrenqueiras. Era muito raro eu contar uma piada
ou charada e depois perceber que as pessoas não entenderam e ter que explicá-las.
Também era raro eu falar uma frase com ironia e ter que explicar, depois, o sentido da
frase em que usei essa figura de linguagem. Ou eu piorei muito, o que pode ser, ou então
o humor das pessoas diminuiu!
Somos uma comunidade ambulante de 10 trilhões de células que conversam muito
entre si por liberarem gotículas de mediadores químicos e hormônios que são
mensagens para as células vizinhas ou distantes. Os distúrbios físicos e mentais
representam falta ou excesso de algum destes mediadores. Será que é por isto que entre
os medicamentos mais vendidos são antidepressivos, ansiolíticos e os que nos procuram
devolver o bem-estar? Pode ser que sim!
Será que os problemas pessoais aumentaram em frequência e gravidade? Eu
gostaria muito de ver as pessoas com mais alegria, mas não a externa apenas, e sim a
interior. Gargalhadas e risadas não significam necessariamente felicidade, pode ser
apenas uma simulação. A ocitocina deixa as pessoas mais extrovertidas e facilita as
relações sociais dos tímidos, deixando-os mais confiantes e altruístas. Será que vivemos
uma epidemia carencial de ocitocina?
NEGÓCIOS E FIDELIDADE
O ovário também produz ocitocina e estimula as contrações uterinas para levar o
esperma até o óvulo. Ela promove as contrações uterinas no parto e, na sucção, induz a
ejeção do leite nas glândulas mamárias. O estímulo às contrações do orgasmo fez a
ocitocina ser chamada de “hormônio do amor” ou até de “hormônio da fidelidade”. Em

experimentos, homens quando inalam ocitocina ficam mais distantes das mulheres
atraentes.
A alegria aumenta a quantidade de ocitocina no sangue, melhora as relações
humanas e um abraço dá sensação de alegria: vira um círculo que se retroalimenta.
Quando se abraça em vez de se cumprimentar verbalmente ou com as mãos, aumenta-se
a quantidade e lucratividade nos negócios. As conversas e tratativas ficam mais
produtivas, pois a confiança no outro aumenta. A ocitocina aumentada no sangue eleva a
empatia, satisfação e a confiança. O nível de ocitocina no sangue dos agentes econômicos
influencia de forma determinante na compra e venda no mundo dos negócios,
influenciando fortemente o desempenho da economia.
REFLEXÃO FINAL
Na música “A lista”, Osvaldo Montenegro faz um balanço dos amigos de 10 anos
atrás e com quais ainda mantêm ligações. Quantos de nós, durante a pandemia disse que
sentia muita falta dos abraços e que depois que tudo passasse, abraçaria muito mais? E
você, cumpriu esta promessa ou voltou a ser a pessoa que mantêm as demais a uma
certa distância? Eu já melhorei um pouco, mas ainda preciso abraçar muito mais, e
reconheço que é difícil.

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