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USP desenvolve tratamento para tumores com vírus da zika

2005 James Gathany This 2005 photograph depicts a female Aedes aegypti mosquito, which is the primary vector for the spread of Dengue fever, The responsible virus that causes Dengue is maintained in the mosquito’s life cycle, and involves humans to whom the virus is transmitted when bitten. The female mosquito pictured here, is shown as she was obtaining a blood meal by inserting the feeding stylet through the skin, and into a blood vessel. Blood can be seen being drawn up through the stylet, and into the mosquito’s mouth. Aedes aegypti is a domestic, day-biting mosquito that prefers to feed on humans; Dengue is spread by the female A. aegypti only, for the male does not bite. Infection with dengue viruses produces a spectrum of clinical illness ranging from a nonspecific viral syndrome to severe and fatal hemorrhagic disease.Important risk factors for DHF include the strain and serotype of the infecting virus, as well as the age, immune status, and genetic predisposition of the patient. Primarily a disease of the tropics, Dengue fever is an infectious disease carried by mosquitoes, and is caused by any of four related dengue viruses: DEN-1, DEN-2, DEN-3, and DEN-4. This disease used to be called “break-bone” fever because it sometimes causes severe joint and muscle pain. A person can be infected by at least two, if not all four types at different times during a life span, but only once by the same type.

Cientistas da USP transformam o vírus da zika em um aliado no combate ao câncer. Uma startup criada por pesquisadores da Universidade de São Paulo (USP) desenvolveu um tratamento inovador para tumores do sistema nervoso utilizando uma versão sintética e modificada do vírus da zika. O tratamento, que já foi testado com sucesso em animais, não transmite a doença e penetra nas células tumorais, levando-as à morte.

Os testes clínicos do tratamento devem começar em junho de 2024, após a aprovação da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). O estudo com o vírus modificado foi publicado na revista Molecular Therapy e contou com a colaboração de pesquisadores do Instituto Butantan, Harvard Medical School e Universidade de Cambridge.

O tratamento é voltado principalmente para tumores do sistema nervoso central, tanto em adultos quanto em crianças, que atingem cerca de 300 mil pessoas em todo o mundo, com sobrevida estimada em 14 meses após a descoberta do tumor. “Também foi observado um potencial para tumor de mama tipo triplo negativo”, afirma a pesquisadora Carolini Kaid, da Vyro Biotherapeutics, empresa criada por especialistas do Centro de Pesquisas do Genoma Humano e Células-Tronco (HUG-CELL) do Instituto de Biociências (IB) da USP.

 A versão sintética do vírus da zika foi desenvolvida para não transmitir a doença e possui uma sequência suicida que o degrada caso entre em células saudáveis. “Quando entra em uma célula tumoral, ele replica, levando-a à morte”, explica Carolini Kaid. “Esse tipo de terapia é chamado de oncolítica, ou seja, lise da célula tumoral.”

 Os testes em camundongos mostraram remissão total do tumor, aumento da sobrevida e segurança. “Ambas as vias de administração, direta no cérebro ou de modo sistêmico, mostraram resultados positivos”, ressalta a pesquisadora.

 A equipe médica da startup já desenhou o estudo clínico de fase 0 para glioblastoma recorrente, um tipo de câncer nas células do cérebro. A previsão para início dos estudos clínicos é junho de 2024.

Financiamento e patente
A patente do tratamento foi submetida ao United States Patent and Trademark Office (USPTO) e todo o estudo foi financiado pela Vyro, que em 2022 recebeu um investimento de US$ 1,5 milhão da Vesper-Venture, fundo brasileiro especializado em biotecnologia.

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