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Tratamento de gengivite pode diminuir as chances de parto prematuro

Baseado em pesquisas feitas ao longo de uma década, um estudo realizado recentemente em Denver, nos Estados Unidos, pela Procter and Gamble, confirma uma forte relação do tratamento eficaz da gengivite durante a gravidez a uma drástica redução das chances de parto prematuro e de baixo peso. O Dr. Robert Gerlach, da Procter & Gamble, em Cincinnati, um pesquisador de investigações clínicas em todo o mundo, descreve os dados do estudo como “provocativos e perspicazes.”

O Estudo de Higiene Bucal e Maternidade Outcomes Multicenter acompanhou cerca de 750 mulheres, que possuíam  gengivite de moderada a severa durante a gravidez – algumas delas seguiram um tratamento de saúde bucal normal, e outras um tratamento mais avançado. Um dos dados mais interessantes que o Dr. Geralch constatou é que as chances de se contrair gengivite durante a gravidez se mostraram as mesmas, tanto para pacientes ricas (com o acesso mais fácil aos cuidados dentários profissionais), quanto para as pacientes em nível de pobreza, com acesso limitado a cuidados. “O nível de diagnóstico de bactérias nestas duas populações eram idênticos”, disse Gerlach.

parto prematuro
Grávidas devem cuidar da saúde bucal para evitar riscos de parto prematuro, diz pesquisa (Foto: Reprodução)

Depois de notar que a gravidez provoca o aparecimento de algum nível de gengivite, Gerlach salientou ao público como é importante saber o mais cedo possível se a paciente está grávida, e assumir que uma necessidade de educação, orientação, cuidados preventivos e tratamento não existem apenas para pacientes grávidas, mas praticamente para qualquer paciente de idade infantil.

Gerlach compartilhou estatísticas de que pacientes grávidas parecem não estar visitando o consultório dentário com frequência, provavelmente porque essas pacientes não estão informando sobre a gravidez,  ou não estão sendo questionadas. Ele diz que a conscientização é muito importante, porque o momento mais eficaz de intervenção para tratar a placa bacteriana e o sangramento gengival é antes da gravidez, ou o mais cedo possível no primeiro trimestre.

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O seguimento da pesquisa também mostrou que os pacientes que utilizam uma melhor escova dental (utilizaram a Oral-B) e creme dental dual-sequencial com peróxido de hidrogênio (Crest Pro Helth HD foi utilizada) reverteu a gravidade da doença, a ponto de não ter mais sangramento gengival em um prazo de seis semanas.

Gerlach reconheceu que atualmente existem apenas teorias para explicar a correlação entre o tratamento da gengivite e  a redução do risco de partos prematuros e de baixo peso. Mas até que a precisão dos estudos seja confirmada, os resultados são convincentes o suficiente para a Associação Americana de Mulheres Dentistas e a March of Dimes terem representantes para mostrar os papéis de suas organizações, ao trabalharem com a Procter & Gamble com esforços na educação em saúde bucal na gravidez, tanto para os provedores de cuidados na saúde bucal, quanto para seus pacientes.

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Em resposta a perguntas do público sobre a melhor forma de convencer as pacientes grávidas sobre a importância dos cuidados com a gengivite na gravidez, para evitar o nascimento prematuro do bebê, Seth Meyers, gerente de desenvolvimento sênior da March of Dimes, mostra as estatísticas sobre os custos de um parto prematuro em comparação com um parto normal (uma média de US$75 mil contra US$ 7,5 mil respectivamente), além de que um em cada 10 nascimentos são prematuros, e gráficos que mostram os danos à saúde da mãe.

Os participantes também foram incentivados a buscar literaturas e outras ferramentas, para mais sugestões sobre como a empresa e seus parceiros podem melhorar o atendimento odontológico, apoiando de forma mais ampla a redução da taxa de nascimentos prematuros do país.

Confira na íntegra em inglês aqui.

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