O sorriso gengival é caracterizada pela exposição excessiva de tecido gengival durante o sorriso. Esse tipo de sorriso é frequentemente considerado esteticamente desagradável, tanto para os ortodontistas quanto para os cirurgiões. Pacientes que apresentam essa deformidade, de modo geral, possuem consciência dessa condição, o que lhes causam descontentamento ou até mesmo transtornos psicológicos.
Vários métodos de correção para o sorriso gengival foram propostos, tais como gengivoplastia, em casos de margens gengivais inadequadas; tratamento ortodôntico com indicação de intrusão de incisivos superiores; cirurgia ortognática para impacção da maxila; e ressecção óssea. Esses procedimentos são de complexidade variada, custo elevado e geralmente têm longo tempo de tratamento. Assim, o uso da toxina botulínica do tipo A (BTX-A) pode tornar-se uma opção, por ser um método simples, rápido, reversível e eficaz para correção estética do excesso de exposição da gengiva ao sorrir.
O artigo Utilização de toxina botulínica do tipo A para minimizar o sorriso gengival: relato de três casos clínicos, dos pesquisadores da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ) Nathália Bandeira de Mello da Escóssia, Lívia Kelly Ferraz Nunes e Jonas Capelli Júnior, teve o objetivo de relatar o resultado do tratamento de três pacientes portadores de sorriso gengival, utilizando a aplicação da toxina botulínica do tipo A (BTX-A). A pesquisa foi publicada na Revista Clínica de Ortodontia Dental Press.
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Para avaliar os resultados, os pesquisadores analisaram documentação e imagens dos pacientes por meio de métodos desenvolvidos a partir de videografia digital específica, repetindo o procedimento após uma, duas, 12 e 24 semanas da aplicação da BTX-A.
Eles observaram que houve uma redução na exposição gengival e que, após 24 semanas, não retornaram aos níveis iniciais, assim, chegando à conclusão que a BTX-A é considerada minimamente invasiva, eficaz e que representa uma forma de tratamento temporário para minimizar o sorriso gengival.
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