Uma pesquisa da Universidade McGill indicou que há claros benefícios em tomar certos tipos de medicamentos e evitar outros, a fim de aumentar as chances de sucesso dos implantes dentários e de se fixarem corretamente.
A cada ano, cerca de 500 mil norte-americanos recebem implantes dentários. Se você está se preparando para receber um implante, pode ser uma boa idéia começar a tomar bloqueadores beta, a medicação que controla a pressão arterial elevada por um tempo, e parar de tomar pílulas para azia.
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O crescimento, cura e morte das células do osso
“O sucesso dos procedimentos com os implantes dentários depende principalmente de como o osso existente aceita os implantes para criar uma conexão entre o osso vivo e a superfície do implante”, diz Prof. Faleh Tamimi, que leciona na McGill Faculdade de Odontologia e é o autor sênior de inúmeros trabalhos publicados sobre o assunto. “Alguns medicamentos afetam o metabolismo ósseo da maneira que as células ósseas se curam, multiplicam ou morrem. Eles podem ter um efeito importante no sucesso dos implantes.”
A equipe de investigação da McGill analisou dados sobre a integração de implantes dentários recolhidos a partir de mais de 700 pacientes que foram operados na Clínica de Cirurgia Oral da Costa Leste em Moncton (New Brunswick) entre 2007 e 2015. Eles, então, confirmaram os resultados que viram em pacientes humanos através de estudos em ratos.
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Implicações no quadril e joelho
“Acreditamos que esta pesquisa pode ter implicações para intervenções ortopédicas, como a substituição do quadril e do joelho, porque os mesmos mecanismos de crescimento e restauração de células ósseas ocorrem em todos os ossos do corpo”, diz Tamimi. “Nosso trabalho com implantes em ratos sugere que este é realmente o caso, porém mais pesquisas serão necessárias para confirmar isso.”
Drogas que ajudam na integração dos implantes – Betabloqueadores
Essas conclusões são baseadas em 1499 implantes dentários feitos em 728 pacientes, entre janeiro de 2007 e setembro de 2013, no Serviço de Cirurgia Oral da Costa Leste em Moncton, New Brunswick, onde 327 implantes foram feitos em 142 pessoas que tomaram beta-bloqueadores para hipertensão, e 1172 implantes feitos em 586 pessoas que não tomam bloqueadores beta.
As taxas de falhas de implantes para as pessoas que utilizaram os bloqueadores beta foi de 0,6%, enquanto as taxas de falhas dos implantes em pessoas que não tomaram bloqueadores beta foi de 4,1%. Mais de 640 milhões de pacientes em todo o mundo tomam beta-bloqueadores para controlar a hipertensão.
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“Realizamos este estudo porque sabíamos que os beta-bloqueadores vem sendo usados para aumentar a formação óssea”, diz Prof. Tamimi da Faculdade de Odontologia da McGill. “Então, nós pensamos que era possível que eles também pudessem diminuir o risco de falha de implantes dentários. No entanto, não esperávamos que haveria uma diferença tão nítida nas taxas de insucesso de implantes entre os usuários e não-usuários de bloqueadores beta. Ainda terão de ser realizados ensaios clínicos, bem como outros estudos de grande número de pacientes para investigar esse fenômeno com mais profundidade “.
Drogas que impedem a integração de implantes dentários – tratamento de azia
Conclusões baseadas em 1773 implantes dentários feitos em 799 pacientes entre janeiro de 2007 e setembro de 2015, no Serviço de Cirurgia Oral da Costa Leste em Moncton, New Brunswick, onde 133 implantes foram feitos em 58 pessoas que tomaram a medicação azia, e 1640 implantes em 741 pessoas que não tomaram a medicação.
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As taxas de falhas de implantes para as pessoas que utilizaram a medicação de azia foram de 6,8%, enquanto as taxas de falhas de implantes para as pessoas que não tomaram a medicação foram de 3,2%. Mais de 20 milhões de americanos, cerca de uma em cada 14 pessoas, tomam a medicação azia, que está rapidamente se tornando o terceiro produto farmacêutico mais prescrito no mundo inteiro, especialmente para os idosos, que o tomam de forma ocasional ou a longo prazo.
“Os cientistas já sabiam que os medicamentos para a azia reduziam a absorção de cálcio nos ossos e, geralmente, aumentariam o risco de fraturas ósseas”, diz Faleh Tamimi, da Faculdade de Odontologia da McGill. “É por isso que nós tivemos interesse em ver como isso afetaria a integração de implantes e cicatrização óssea após este tipo de cirurgia. Mas não esperávamos descobrir que os efeitos negativos deste tipo de drogas seriam tão grandes. Novos trabalhos ainda deverão ser feitos para encontrar as doses adequadas e períodos de tempo que as pessoas devem tomar ou evitar esses medicamentos. “
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Fonte: ScienceDaily