De acordo com um estudo desenvolvido por pesquisadores dos Cursos de Odontologia da Faculdade Independente do Nordeste (Vitória da Conquista/BA, Brasil) e da Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia (Jequié/BA, Brasil), o reconhecimento da displasia cemento-óssea periapical é importante para o diagnóstico endodôntico e para o profissional evitar procedimentos iatrogênicos desnecessários.
A displasia cemento-óssea periapical (DCOP) é uma lesão idiopática benigna mais prevalente na região de incisivos centrais inferiores, em mulheres negras, na faixa etária dos 30 aos 50 anos. Apresenta características radiográficas que podem levar o cirurgião-dentista a um diagnóstico e plano de tratamento equivocados, por ser confundida com periapicopatias.
O estudo, intitulado “Importância do diagnóstico endodôntico frente à displasia cemento-óssea periapical: revisão da literatura” e publicado na revista Dental Press Endodontics (volume 7, número 2), teve como objetivo descrever a patologia DCOP por meio de uma revisão de literatura.
Como foi feito o estudo?
Essa revisão foi feita por meio de buscas em duas das principais bases de dados mundiais: PubMed e SciELO. Para isso, foram usados os descritores “periapical cementoosseus dysplasia” e “displasia cemento-óssea periapical”, com o objetivo de se avaliar o conteúdo sobre essa temática na literatura atual. Foram coletados 24 artigos científicos que obedeciam aos seguintes critérios de inclusão: ser uma revisão de literatura ou caso clínico; escrito em língua portuguesa ou inglesa, nos períodos de 1989 a 2016; contemplando a etiologia, características clínicas e radiográficas, diagnóstico, plano de tratamento e prognóstico referentes à displasia cemento-óssea periapical.
Concluiu-se que é importante para o profissional reconhecer os aspectos relevantes da DCOP, como etiologia, características clínicas e radiográficas, a fim de elucidar o diagnóstico diferencial e tratamento e, assim, evitar procedimentos iatrogênicos, tais como terapias endodônticas desnecessárias.
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