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Realização de implantes dentários em diabéticos requer cuidados

Os diabéticos tipo I (insulino-dependentes) podem levar uma vida normal desde que sigam alguns cuidados, mas exigem mais disciplina e controle comparados àqueles tipo II (não insulino-dependentes). Para a realização de implantes dentários, ambos podem precisar de uma preparação antes de se submeter ao procedimento, onde o médico ajustará a dieta e a medicação, além de orientar sobre o controle da taxa de glicose. O próprio dentista pode verificá-la através de um glicosímetro no intuito de evitar a hipoglicemia durante a intervenção.

implantes dentários em diabéticos
É importante ter no consultório um aparelho para medir glicose no sangue (Foto: Freepik)

 

“Entre as principais características do diabetes estão a baixa resposta reparadora e a pré-disposição à infecções. No entanto, não são fatores impeditivos para que o paciente faça um implante. O dentista deve submetê-lo a uma avaliação prévia e desenvolver uma boa técnica para obter os resultados desejados”, comenta o Dr. Thiago Roberto Gemeli, cirurgião-dentista e consultor da FGM Produtos Odontológicos.

Gemeli também destaca a importância de utilizar sistemas que minimizem o tempo da cirurgia, além de atentar pelo horário em que ela é realizada: “É relevante operar pela manhã, quando a taxa de glicose do organismo está mais adequada e o paciente estabilizado pela medicação, diminuindo o risco de hipoglicemia”, complementa o consultor.

Planejamento

Para que o tratamento seja bem sucedido, é imprescindível que haja um planejamento adequado, e que a competência seja dividida com o médico. Cabe ao dentista instituir algumas considerações locais:

  • A higienização bucal é fundamental antes e após o implante dentário. Ela deve ser feita, ao menos, três vezes por dia com escovação, uso do fio dental e do enxaguante bucal contendo gluconato de clorexidina. Essa rotina controla a formação da placa bacteriana que, por sua vez, pode comprometer o trabalho já realizado ou causar infecções tardias.
  • Para a realização do procedimento, o diabético deve estar com a taxa de insulina controlada para não ocorrer contratempos durante o tratamento, devendo passar por exame sanguíneo comprobatório. O médico deverá ser consultado sempre que o resultado não estiver a contento.
  • É importante manter uma rotina de consultas ao dentista a cada seis meses para a manutenção do implante. Nesse acompanhamento é realizada a limpeza dos dentes e da gengiva e feito um raio X para verificar se o implante está no lugar certo. Se houver alguma alteração na taxa glicêmica, as idas ao consultório devem ser mais frequentes, em geral a cada três meses.

O diabetes mellitus é uma doença metabólica sistêmica crônica oriunda da deficiência de insulina (parcial ou total) que leva a uma perda do equilíbrio metabólico. O número de brasileiros diabéticos cresceu nos últimos anos, sobretudo entre jovens, estando também relacionado a fatores como estresse, sedentarismo e maus hábitos alimentares. Uma pesquisa do Ministério da Saúde aponta que a parcela de pessoas que passaram a apresentar a doença aumentou 61,8% entre os anos de 2006 e 2016. Ou seja, 5,5% da população brasileira se tornou diabética nesse período.

Fonte: Assessoria FGM

Revisão de literatura

Um artigo publicado na revista Dental Press Implantology, em 2015, revisou a literatura disponível sobre o diabetes e implandontia. Quer saber mais?

Baixe aqui o artigo na íntegra

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