Dental Press Portal

PL que previa a proibição do uso de amálgama é retirado

a3

A decisão foi considerada uma vitória, visto que as entidades de classe, a exemplo do Conselho Regional de Odontologia de São Paulo (CROSP), questionavam tal medida.

No mês passado, inclusive, o presidente do CROSP, Cláudio Miyake, esteve na Câmara dos Deputados colocando-se contrariamente ao PL. Ele chegou a protocolar ofício reafirmando o posicionamento, assim como um parecer técnico realizado pelo Cecol-Usp. Os documentos foram levados ao gabinete do deputado Alexandre Serfiotis, relator do Projeto.

Segundo o levantamento entregue pelo CROSP, o uso, ou não, da amálgama impacta diretamente em procedimentos cotidianos realizados nos consultórios e clínicas odontológicas, sem trazer malefícios comprovados à saúde do profissional, paciente ou meio ambiente.

A Câmara Técnica de Dentistica do CROSP, por meio de seu presidente Mário Sérgio Giorgi, assim como o  Professor Titular de Saúde Pública da Universidade de São Paulo (USP) e membro da Comissão de Políticas Públicas do CROSP, Paulo Capel Narvai e o grupo brasileiro de professores de dentística através do professor Camilo Anauape Neto também defenderam na ocasião que o Projeto não deveria prosperar.

Ainda à época, em mensagem enviada ao autor do PL, o professor da Faculdade de Odontologia de Bauru da  Universidade de São Paulo e pesquisador Senior do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), José Mondelli,  apresentou algumas pesquisas e artigos que dispõem sobre o uso da amálgama.

 

A Decisão

Em conversas com  Julio César Franco Almeida – cirurgião dentista do HUB (hospital universitário de Brasília), Rozângela Fernandes Camapum – Coordenadora-Geral de Saúde Bucal e Gregory dos Passos Carvalho – Assessor Parlamentar do Ministério da Saúde, o deputado Nishimori chegou a conclusão de que o uso da amálgama, composta por mercúrio, é importante no tratamento dentário, principalmente por ser uma alternativa de baixo custo.

Durante o encontro, ainda foi concluído que o uso deste material pode se tornar obsoleto, muito em breve, devido aos avanços tecnológicos na área.

O Presidente da Comissão de Políticas Públicas do CFO, Marco Manfredini, afirma que “a CPP do CFO defendeu no início de setembro a retirada do PL, uma vez que não havia evidências científicas na sua formulação. Registro também a proatividade da Coordenação Nacional de Saúde Bucal que prontamente se reuniu com as entidades nacionais da Odontologia e foi à Câmara defender o posicionamento contra o PL”.

“Essa decisão mostra o quanto é importante nos posicionarmos, com o devido embasamento, para que projetos como esse não prejudiquem os profissionais da Odontologia. É um compromisso nosso também com a classe”, aponta Miyake.

 

Fonte: Assessoria de Imprensa do Crosp

Sair da versão mobile