A International Association for Dental Research (IADR) e a American Association for Dental Research (AADR) publicaram um artigo que avaliou sistematicamente a associação entre saúde bucal e função cognitiva em populações adultas. O artigo, intitulado “Perda de dente aumenta risco de diminuição de função cognitiva: Uma revisão sistemática e meta-análise” foi publicado na seção OnlineFirst do Clinical & Translational Research JDR.
O aumento do comprometimento cognitivo e doenças relacionadas, tais como demência e Alzheimer, no envelhecimento da população estão aumentando em todo o mundo e criando um encargo significativo para os sistemas de saúde. Dessa forma, entender melhor a natureza e a extensão da associação entre saúde bucal e função cognitiva é de grande importância, uma vez que pode levar a intervenções preventivas. Portanto, o objetivo desta revisão foi examinar sistematicamente se a perda de dentes leva à disfunção cognitiva e sua mais prevalente doença correlata, a demência.
Estudos elegíveis foram identificados através de pesquisa na MEDLINE (via Ovoid), EMBASE, PsycoINFO e Cochrane Library. Taxas de risco combinadas com intervalos de confiança de 95% foram calculadas com um modelo de efeitos aleatórios. De 1.251 artigos selecionados, dez foram incluídos na revisão sistemática e oito na meta-análise. A análise de efeitos aleatórios mostrou que indivíduos com menos de 20 dentes apresentavam um risco 20% maior de desenvolver declínio cognitivo e demência, em relação àqueles com 20 dentes ou mais.
Com base na literatura publicada, os resultados deste estudo mostram que o risco de imparidade cognitiva e demência aumenta com a perda de dentes. Esta informação sugere que estratégias de promoção de saúde bucal e preservação dos dentes podem ser importantes na redução do risco de doenças sistêmicas.
Referência
Cerutti-Kopplin, J. Feine, D. M. Padilha, R. F. de Souza, M. Ahmadi, P. Rompre, L. Booij, E. Emami. Tooth Loss Increases the Risk of Diminished Cognitive Function: A Systematic Review and Meta-analysis. JDR Clinical & Translational Research, 2016; 1 (1): 10 DOI:10.1177/2380084416633102
Fonte: Science Daily