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Pesquisa aponta que mais de 55% da população não costuma ir ao dentista

O Ministério da Saúde em parceria com o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) realizou de maneira inédita a Pesquisa Nacional da Saúde, que apresentou dados alarmantes, sobretudo, da saúde bucal da população brasileira. O estudo aponta que 55,6% dos brasileiros não têm o hábito de consultar o dentista ao menos uma vez por ano. Foi averiguado também que 41,5% das pessoas com mais de 60 anos já havia perdido todos os dentes.

As visitas ao dentista são essenciais ao cuidado e prevenção de doenças dentárias, como placas bacterianas, tártaros, cáries e gengivites. Além de reduzir os riscos de distúrbios dentais, estudos científicos apontam que grande parte das doenças cardíacas têm início na boca do paciente. Outro aspecto a ser analisado é que uma série de doenças oriundas na cavidade oral causam bastante desconforto ao paciente – como as dolorosas infecções dentais.

Há, ainda, toda a concepção social que permeia um sorriso bonito e saudável. Caso conservado, o sorriso é, sem dúvida, um requisito importante em diversos postos de trabalho – principalmente em funções que demandam atendimento e contato direto ao público geral.

Apesar de os número mostrarem a precariedade da saúde o bucal no Brasil, o governo federal vetou integralmente o projeto de lei que estipulava a presença de um dentista em hospitais e UTIs (Unidades de Terapia Intensiva). É comprovada, também, a eficácia de dentistas nesses pontos que, muito além da saúde bucal, pode resguardar a vida do paciente em prevenção a infecções de origem dentária.

“Já havia uma ideia anterior de que as condições de saúde bucal influenciavam o risco de pneumonia e outras infecções respiratórias. Isso vem sendo estudado há algumas décadas na literatura. Começou encontrando-se algumas bactérias na boca e depois posteriormente no pulmão dos pacientes. Progrediu-se testando alguns anti-sépticos bucais para a prevenção de pneumonia – o que na literatura tem resultados conflitantes”, destacou o professor Fernando Bellíssimo Rodrigues – do Departamento de Medicina Social da FMRP (Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto).

A Pesquisa Nacional da Saúde deve passar a integrar o calendário de estudos do governo federal, para analisar os avanços da saúde no país em diferentes esferas e especialidades.

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