Pesquisadores da Faculdade de Medicina Dentária de Kornberg (EUA) e da Universidade de Temple (EUA) dissertaram sobre o progresso na utilização de células-tronco para regenerar tecido pulpar e a dentina. De acordo com a pesquisa, será possível fazer o tratamento do canal radicular uma experiência mais agradável.
Um dos pesquisadores, Maobin Yang, relatou que os tecidos vêm de regiões semelhantes e têm relacionamento próximo entre si. “Se a cárie não for muito grave, a polpa pode gerar nova dentina para repará-la. Tudo isso acontece naturalmente”, disse o endodontista.
Ele ponderou, entretanto, que, a maior parte dos pacientes que chega pela triagem já está com a polpa comprometida, o que implica na retirada do nevo. “Atualmente com o canal radicular limpo, procede-se ao enchimento do canal radicular com o tratamento inerte”, explicou.
> Veja bibliografia relacionada
Yang queria encontrar um tratamento mais eficiente, então começou a pesquisar o uso de células-tronco com um pequeno suporte para regenerar simultaneamente o tecido da polpa e da dentina. No entanto, há um problema na geração do tecido usando células-tronco. Ele destacou que, quando se colocam os componentes no canal, não se tem controle espacial, o que acarreta na imprecisão no momento de implantar a polpa e a dentina.
O professor Peter Lelkes, PhD, presidente do Departamento de Bioengenharia da Faculdade de Engenharia, trabalhou com a Yang no desenvolvimento de um andaime com dois lados utilizando bioengenharia para guiar o crescimento dos tecidos.
“A beleza do sistema é que mostramos in vítreo que podemos projetar um andaime de dois lados e guiar as células-tronco para se diferenciarem nas células pulpares e dentina, produzindo odontoblastos que eventualmente irão reparar o canal radicular. Com o nosso andaime inteligente, podemos fazer a diferenciação com grande eficácia ”, disse Lelkes.
Com informações de Journal of Dentistry e Dentistry Today