O Padre Orivaldo Robles tinha o dom da palavra e da oratória. Depois de 53 anos dedicando-se à Igreja Católica, o vigário – que celebrava missas diariamente na Catedral de Maringá – faleceu ontem aos 78 anos de idade. Ele tinha problemas pulmonares que o levavam a UTI (Unidade de Terapia Intensiva) quase que semanalmente.
Robles é natural de Polôni, no Estado de São Paulo, e ordenou-se padre em 1966. Em Maringá, sagrou-se responsável pela paróquia Santa Maria Goretti em 1989. Despediu-se da Catedral de Maringá no último domingo, quando ministrou sua última missa. As portas da igreja ficaram abertas durante toda a madrugada, recebendo visitas e orações em sua memória.
Irreverente nas ponderações e comentários, o vigário deixa uma vasta contribuição no cenário religioso, histórico e cultural de Maringá. Pela editora Dental Press lançou, em 2007, a obra “A Igreja que Brotou da Mata”. O livro – que foi entregue, inclusive, ao Papa Bento XVI – narra a história da evangelização de Maringá, do primeiro bispo da cidade – Don Jaime –, e a construção da Catedral Basílica Menor Nossa Senhora da Glória.
O sepultamento de Robles acontece hoje à tarde no Cemitério Rainha da Paz. Diversas autoridades do município, Estado e Igreja, manifestaram homenagens. O prefeito em exercício, Edson Scabora, decretou luto oficial por três dias em memória do padre.