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Outubro Rosa – Dormir pouco aumenta risco de câncer de mama

Um estudo realizado pelo Instituto de Biociências, Letras e Ciências Exatas (Ibilce) da Unesp, em parceria com a Faculdade de Medicina de São José do Rio Preto (Famerp) e a Michigan State University (MSU), nos Estados Unidos, diz que a melatonina, hormônio produzido no cérebro humano, inibe o crescimento de tumores de câncer de mama. A pesquisa foi publicada na última edição da revista Genes & Cancer, uma das mais renomadas dos EUA.

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Falta de sono coloca mulheres em situação de risco para o desenvolvimento de câncer de mama, diz pesquisa (Foto: Reprodução internet)

O cérebro produz melatonina durante a noite, e este hormônio tem como principal função, no corpo humano, regular os ciclos do sono. Alguns pesquisadores têm especulado que a falta de melatonina, em parte devido à sociedade moderna ser privada de sono, coloca as mulheres em maior risco de desenvolvimento do câncer de mama.

Para o estudo, células de câncer de mama humano foram submetidas ao cultivo tridimensional de mamosferas, representando as células-tronco tumorais. “As ‘células-tronco tumorais’ vêm sendo estudadas em tumores humanos nos últimos anos, e são consideradas as responsáveis pela recorrência do tumor e resistência a terapias”, afirma Juliana Ramos Lopes, doutoranda pela Unesp e uma das autoras da pesquisa.

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Após o crescimento das células-tronco tumorais, os pesquisadores trataram estas células com substâncias químicas conhecidas por induzir o crescimento do tumor, como o composto químico Bisfenol A, muito utilizado na produção comercial de embalagens plásticas, e o hormônio natural estrógeno. Após a indução com estas substâncias químicas, as células foram tratadas com melatonina. Ao final, foi avaliado o efeito da melatonina, estrógeno e Bisfenol A sobre o crescimento celular. “A partir dos resultados obtidos, os pesquisadores observaram que o aumento no crescimento celular induzido pelo Bisfenol A ou estrógeno foi reduzido pelo tratamento com melatonina, demonstrando seu potencial uso terapêutico no câncer de mama”, pontua Juliana.

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A utilização da melatonina em futuros tratamentos do câncer de mama com base nestas descobertas ainda está distante, no entanto, os resultados fornecem aos cientistas base fundamental para futuras pesquisas. Juliana conta que a equipe de pesquisadores já pensa no ato seguinte. “O próximo passo da pesquisa é aplicar a melatonina como um tratamento adjuvante para as mulheres com câncer de mama.”

Leia o artigo na íntegra, em inglês, aqui.

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