Pesquisa diz que 82% dos dentistas continuaram trabalhando durante a pandemia do novo Coronavírus. Os outros 18% adiaram os trabalhos
Oito em cada dez dentistas continuou trabalhando durante a pandemia do novo Coronavírus. Uma consulta inédita realizada pelo CFO (Conselho Federal de Odontologia) mostra que 82% dos dentistas continuaram trabalhando durante a pandemia. Dos 40 mil entrevistados em todo o país, 72% continuaram o trabalho com as restrições impostos; 10% afirmou que seguiu com as práticas odontológicas sem qualquer tipo de restrição e 18% interromperam o trabalho no período.
As restrições indagadas pelo CFO, dizem respeito ao horário de atendimento, número de auxiliares reduzidos, e urgências e emergências. Com o balanço, foi possível constatar que 90% dos cirurgiões-dentistas do Brasil, seguiram as orientações dos manuais do conselho, que visam o bem-estar dos profissionais e dos pacientes, durante a curva crescente de contágio da Covid-19. A base das recomendações da autarquia está nas publicações científicas sobre o tema e as recomendações das principais entidades de saúde do mundo.
“Os dados da consulta inédita nacional confirmam o posicionamento assertivo adotado pelo CFO, a fim de reduzir ou até eliminar o risco de contágio do vírus, o que impacta na valorização da Odontologia e em seu exercício com qualidade e plena segurança. Os Cirurgiões-Dentistas e equipe (auxiliares e técnicos) são os profissionais mais aptos à retomada do trabalho, frente à crise sanitária enfrentada, considerando o conhecimento em biossegurança adquirido em ambiente acadêmico e fortalecido neste momento”, explicou o presidente do CFO, Juliano do Vale.
Nos últimos meses, o CFO publicou dois manuais – um voltado para boas práticas em biossegurança para ambientes odontológicos e outro direcionado para boas práticas em biossegurança e desinfecção de materiais de moldagem e moldes para profissionais de prótese dentária. Os dois desenvolvidos em parceira com o Instituto Latino Americano de Pesquisa e Ensino Odontológico (ILAPEO) e o International Team for Implantology (ITI).
Acerca de recomendações de enfrentamento à Covid-19, foram elaboradas três atualizações em conjunto com Associação de Medicina Intensiva Brasileira (AMIB) e outra específica para consultórios clínicos e ambiente hospitalar, em parceria com a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA).