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Nova técnica ajuda a entender como o ácido danifica os dentes

Pesquisadores das universidades de Surrey e de Briminghan desenvolveram uma nova técnica para aprimorar a compreensão de com o ácido danifica os dentes em nível microestrutural. Denominada “in situ synchrotron X-ray microtomography”, a técnica prevê uma instalação especial de acelerador de partículas com a qual a Universidade de Surrey tem uma forete parceria de trabalho.

Lá, os eletrons foram acelerados para perto da velocidade da luz para gerar raios-X brilhantes que foram usados para digitalizar amostras de dentina enquanto estavam a ser tratados com ácido. Isto permitiu com que a equipe construísse imagens 3D claras da estrutura interna da dentina com resolução de sub-micrometas (um micrometro sendo um milésimo de milímetro).

Ao analisar estas imagens ao longo das seis horas da experiência, os pesquisadores realizaram o primeiro estudo 3D resolvido pelo tempo (muitas vezes referido como estudos 4D) das alterações microestruturais da dentina causadas pelo ácido.

O estudo, publicado em Dental Materials, destaca que o ácido dissolve os minerais em diferentes estruturas de dentina a diferentes taxas. A dentina forma a maior parte dos dentes humanos e suporta o esmalte, que cobre a superfície da coroa, ajudando a tornar os dentes fortes e resistentes, mas os ácidos da placa dentária podem causar a cárie dentária que afeta a integridade da estrutura dentária.

Esta investigação visa desenvolver conhecimentos que conduzam a novos tratamentos que possam restaurar a estrutura e função da dentina. O Dr. Tan Sui, Docente em Engenharia de Materiais da Universidade de Surrey, que liderou o grupo de investigação, destacou alguns pontos importantes da pesquisa.

“Relativamente pouco se sabe sobre como exatamente o ácido danifica a dentina dentro dos nossos dentes a um nível microestrutural. Esta nova técnica de investigação muda isso e abre a possibilidade de ajudar a identificar novas formas de proteger os tecidos dentários e desenvolver novos tratamentos”, disse.

Essa pesquisa faz parte de uma colaboração contínua com o Prof. Gabriel Landini e o Dr. Richard Shelton na School of Dentistry, Universidade de Birmingham

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