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Nova edição da DPJO tem forte presença internacional

Desde que a Dental Press Journal of Orthodontics (DPJO) passou a ser publicada em inglês, em 2010, e alcançou indexações importantes como Scopus (2008) e PubMed Central (2013), a revista passou a receber muitas submissões de artigos de outros países. De janeiro de 2016 até hoje, 51,9% das submissões foram de autores estrangeiros, de acordo com o sistema de submissões do periódico (veja gráfico abaixo).

A Índia é o país campeão em número de submissões, com 141 manuscritos, representando 16% do total. Na edição mais recente da revista, a v23n3, dois dos sete artigos publicados são indianos: Avaliação com TCFC da verticalização de molares pelos métodos convencional ou com mini-implantes: estudo in vivo, de Sergio Martires, Nandini V. Kamat, Sapna Raut Dessai, pesquisadores do Goa Dental College and Hospital, de Bambolim; e Tratamento interdisciplinar de incisivo central superior impactado com dilaceração, de Harpreet Singh, Pranav Kapoor, Poonam Sharma, Pooja Dudeja, Raj Kumar Maurya, Surbhi Thakkar, do ESIC Dental College and Hospital, em Nova Deli.

Na mesma edição há ainda representantes do Paquistão, Colômbia, Estados Unidos e Lituânia.

Entrevistada é referência internacional

A ortodontista europeia Ewa Czochrowska, uma das principais referências mundiais em transplante autógeno de dentes na região anterior, é a entrevistada da edição v23n3 da DPJO.

“Quando comecei meu curso de pós-graduação em Ortodontia em 2002, fiquei impressionado quando li pela primeira vez sobre o transplante autógeno de dentes na região anterior. Embora esse procedimento seja bastante descrito e praticado na Europa, não é uma opção de tratamento comum no Brasil”, conta o coordenador da entrevista, Guilherme Thiesen, Pós-doutor em Ortodontia pela Saint Louis University (EUA) e professor de Ortodontia da Universidade do Sul de Santa Catarina (Florianópolis/SC).

Ewa Czochrowska é referência mundial em autotransplante em dentes anteriores (Foto: Divulgação)

Na entrevista, ela descreve em detalhes seu protocolo atual para autotransplantes na região anterior, bem como conta as indicações ortodônticas para esses dentes, complicações mais comuns, orientações aos pacientes e como lida em casos de insucesso, que apesar de não serem comuns, existem.

“A falha que mais tememos é a anquilose do dente transplantado, a qual está diretamente relacionada a danos causados à superfície radicular durante a cirurgia e, infelizmente, é irreversível. Em muitos casos, essa anquilose pode afetar apenas uma porção mínima da superfície radicular. Em pacientes em crescimento, os dentes anquilosados não acompanham o crescimento e desenvolvimento normal do processo alveolar, e desenvolvem infraposição”, revela Ewa.

Carreira

A Dra. Ewa terminou seu curso de pós-graduação em Ortodontia na Universidade de Oslo (Noruega), em 1997, e em seguida trabalhou como pesquisadora no Departamento de Ortodontia da Faculdade de Odontologia de Oslo até 2002. Em 2003, ela recebeu seu PhD pela Universidade de Oslo, com uma tese sobre autotransplante de dentes. Pela publicação desse trabalho, recebeu o Dewel Orthodontic Award do American Journal of Orthodontics and Dentofacial Orthopedics.

Por uma pesquisa sobre autotransplante, ela recebeu o prêmio Dewel Orthodontic Award, da AJO-DO (Foto: Divulgação)

Desde 2010, ela trabalha no Departamento de Ortodontia da Universidade de Medicina de Varsóvia e tem um consultório privado na mesma cidade. Em 2014, recebeu sua certificação em ciências médicas pela Universidade de Medicina de Varsóvia, por seu trabalho relacionado ao tratamento ortodôntico de pacientes com periodontite, onde atualmente mantém cargo de professora associada. Sua linha de pesquisa atual é baseada em transplantes dentários, impacções, agenesias e diferentes aspectos do tratamento interdisciplinar.

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