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Mulher contrai grave doença após ‘beijar’ cachorro

A bactéria Capnocytophaga canimorsus, presente na gengiva algumas espécies de cães e gatos, foi transmitida por uma simples lambida (Foto: Pressphoto/Freepik.com)

Muita gente trata animais de estimação como membros da família, dividindo cama, sofá e até recebendo “beijos” dos animaizinhos. Mas um relato de caso publicado semana passada na revista BMJ Case Reports mostra que manter tanta intimidade com animais domésticos pode trazer problemas de saúde.

O artigo apresenta o caso de uma britânica de 70 anos que desenvolveu uma grave infecção por causa de uma simples lambida de seu cachorro. Inicialmente, os médicos pensaram se tratar de um caso de epilepsia, mas após quatro dias de internação, o caso se agravou – a idosa apresentou confusão mental, dor de cabeça, diarreia e calafrio, com febre de 39º C. Houve lesão renal aguda e grave infecção, além de coagulação intravascular, comprometimento da função hepática e insuficiência respiratória.

Exames apontaram infecção pela bactéria Capnocytophaga canimorsus, presente na gengiva algumas espécies de cães e gatos. “Não foram encontrados arranhões ou mordidas, mas lambidas foram relatadas”, afirmou James Wilson, do hospital da Universidade College London, na Inglaterra, no artigo. A paciente se recuperou após duas semanas internada em unidade de terapia intensiva.

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A infecção severa foi considerada incomum pelos médicos. De acordo com o texto, desde 1990, apenas 13 casos de infecção fulminante relacionada com a bactéria foram reportados no Reino Unido, sendo a maioria derivada de mordidas ou arranhões, mas o caso dessa paciente mostra que o contágio pode acontecer mesmo com lambidas. Contudo, o médico ressalta que os idosos, como o caso dessa paciente, apresentam maiores riscos de infecção, talvez por disfunções no sistema imunológico provocadas pela idade avançada.

Leia o artigo na íntegra aqui.

*Com informações do Jornal O Globo.

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