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Centro odontológico inova para atender quem tem medo de agulhas

foto1O Centro Odontológico da Universidade Estadual Paulista (Unesp) de Araçatuba inova com uma tecnologia que permite que pacientes com algum tipo de deficiência possam ser sedados para o tratamento. Receber anestesia ficou mais fácil com a ajuda de um aparelho que funciona como um scanner na pele do paciente.

O filho do pedreiro Lorival Sobrinho, nasceu com transtorno mental. Ele faz tratamento dentário no Centro de Assistência Odontológica à Pessoa com Deficiência da Unesp há mais de um ano. Por causa da deficiência, a rotina de Lorival é acompanhar o filho em clínicas e hospitais. “Acompanho meu filho desde os dois meses. Hoje, ele tem 27 e continuo ao lado dele durante qualquer tratamento”, diz.

Para receber os medicamentos, o filho de Lorival já recebeu diversas agulhadas, mas nem sempre é fácil achar a veia devido à agitação do rapaz. “Ele não para quieto e tenho dó de vê-lo receber várias agulhadas seguidas, mas sei que é necessário para o bem dele.”

A dona de casa Bernadete Migliani é outra que sempre fica com o coração apertado quando a filha precisa receber algum medicamento na veia. Ela também nasceu com transtorno mental e sempre que vê a agulha fica apavorada.

A novidade é um aparelho que pode amenizar o sofrimento de pacientes como eles, já que ajuda médicos e enfermeiros a encontrarem a veia mais facilmente. O equipamento foi usado nos pacientes que passam por tratamento dentário. Para o médico Stelios Fikaris, que precisa sedar os pacientes, o aparelho deixa o procedimento mais rápido. “A gente consegue encontrar a veia mais rápido e o paciente fica menos agitado. Com isso, a equipe consegue fazer um trabalho melhor”, diz Fikaris.

A supervisora do Centro de Assistência Odontológica da Unesp, Alessandra Marcondes Aranega, afirma que só foi possível a compra do aparelho por causa de uma doação feita em dinheiro. O equipamento é eficiente e custa em média R$ 30 mil.

O equipamento está no Centro Odontológico há um mês e tem facilitado o trabalho dos profissionais e proporcionado bem-estar aos pacientes. “O aparelho funciona como um raio infra-vermelho. A veia onde está o sangue absorve os raios e fica visível na pele, o que garante a precisão no trabalho dos enfermeiros”, afirma a supervisora.

O aparelho, além de ser usado na hora de sedar alguns pacientes diante de diversos tratamentos, também pode ser usado em todo tipo de procedimento que é necessário encontrar a veia do paciente, como na retirada de sangue.

Fonte: G1 Rio Preto/Araçatuba
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