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Manejando segundos molares: por que é difícil e como fazer?

Autor: Renato Parsekian Martins

Os dentes mais difíceis de serem corrigidos, quando mal posicionados, são os segundos molares. Seu mau posicionamento, espontâneo ou causado, pode gerar contatos prematuros que atrapalham a eficiência do tratamento. Esse problema pode ocorrer nos três planos do espaço (eixos x, y e z) e, às vezes, é tão difícil de ser resolvido que muitos clínicos até evitam incluir os segundos molares no aparelho ortodôntico. Por que isso ocorre?

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O responsável é o design do aparelho ortodôntico. O formato do fio ortodôntico e as alavancas formadas para a movimentação desses dentes terminais fazem com que os extremos do arco sejam mais flexíveis, pois não há um apoio distal à força aplicada para a movimentação. Junto a isso, existe a associação entre a direção da força que aplicamos através de um fio e o momento que é gerado pelo braço de alavanca. Quando a força e o momento formado pela força são consistentes com o planejamento da movimentação, não há problemas, mas quando a força e o momento não são consistentes com o movimento desejado, as coisas complicam (Fig. 1). Esses são os dentes que não conseguimos corrigir facilmente (pela mecânica e pela flexibilidade do arco), pois a força que queremos não corresponde à correção da inclinação que queremos, ou vice-versa.

Um exemplo muito bom para abordarmos esse assunto é a correção da extrusão de um dente de extremidade. Um segundo molar superior que extruiu devido a uma perda precoce normalmente precisa ser intruído para uma reabilitação adequada (Fig. 2A). Não há dúvidas de que essa movimentação é relativamente difícil; então, como exemplo, vamos começar pelo desenho das forças desejadas, que agirão no molar, e suas reações.

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