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Injeção de Cerâmica completa 30 anos: a revolução que continua

Materiais totalmente cerâmicos e modernos, definem altos padrões na odontologia estética; tecnologia substituiu ligas metálicas na busca de melhores resultados

Injeção

Desde o século 20, o mundo passa por constantes revoluções tecnológicas que têm aplicação exponencial na qualidade de vida das pessoas. Para além dos computadores pessoais e smartphones, a odontologia evoluiu significativamente alçando altos índices de sucessos e novas técnicas que garantem saúde aos pacientes e intervenções estéticas que não existiam até a primeira metade do século passado.

Há 30 anos, em 1991, surgia a técnica de injeção. Materiais totalmente cerâmicos e modernos, definem altos padrões na odontologia estética. Quando se trata de ciência, o caminho em busca da excelência é árduo e demanda uma série de pesquisas e invenções. Segundo o Prof. Paulo Kano, o advento da globalização e da melhora na qualidade de vida impulsionada pela revolução tecnológica dos anos 90, ocasionou uma mudança no padrão estético mundial, que iniciou uma enorme demanda por estética.

“À odontologia incumbe-se a saúde do terço facial responsável por uma das áreas mais importantes para a beleza do rosto, a boca.  Há tempos, as cerâmicas já permeavam o meio odontológico como modo de restaurar dentes de forma indireta trazendo durabilidade e estética às próteses dentárias, devido às suas características de resistência mecânica e química e, ao mesmo tempo, coloração e translucidez que mimetizam os dentes naturais. As metalo-cerâmicas foram o passo inicial para criação de elementos estéticos de alta resistência”, destacou Dr. Paulo Kano.

Até o início dos anos 90, as ligas de ouro eram consideradas o material de escolha principal, quando havia reações de incompatibilidade por parte do paciente. Isso significava, entretanto, que a solicitação por uma restauração que fosse estética, amigável – com a estrutura do dente natural – e livre de metal, muitas vezes não era possível. Nesse cenário global, a demanda por materiais estéticos e biocompatíveis continuava crescendo. Isso impulsionou a busca por uma solução adequada: há mais de 30 anos, o técnico em prótese dentária Arnold Wohlwend, da Universidade de Zurique, teve a inovadora ideia de modelar cerâmica vítrea em estado quente.

Foi a partir desse momento, em 1991, que a demanda dos pacientes e a ideia do Sr. Wohlwend convergiram. A Ivoclar Vivadent alcançou um avanço no desenvolvimento de restaurações estéticas livres de metal: tecnologia de injeção. A solução veio de uma pastilha feita de cerâmica vítrea de leucita. Cerâmicas injetadas resultam em restaurações que fornecem uma precisão de ajuste muito alta, pois, durante o procedimento, o material cerâmico viscoso flui para um molde que foi criado através de um padrão de cera.

“As cerâmicas puras vieram como um substituto direto das metalo-cerâmicas por resultarem em um preparo dental minimamente invasivo, sendo muitas vezes metade da quantidade que seria desgastado para a confecção de prótese a base de metal. Na óptica dos fatores estéticos todas as técnicas de cerâmicas puras possuem uma boa gama de cores (que acompanham a escala A-D), tal como, níveis de translucidez e opalescência, alcançando excelentes aspectos de naturalidade. Além disso, podem receber maquiagem e caracterizações quando necessário”, explicou o Dr. Paulo Kano.

Para o técnico em Prótese Dentária, Rodrigo Monsano, as cerâmicas injetadas, além de terem revolucionado o mercado, mostraram-se altamente confiáveis e versáteis, possibilitando uma gama enorme de soluções, com resoluções protéticas, inclusive sob o ponto de vista estético. 

“Sua finalidade de manuseio e alta resistência no caso do IPS e.max, fazem com que hoje este seja o material de predileção aqui em nosso laboratório, o RMonsano Criações Dentais, onde realizamos em média 70% dos nossos casos com este material e esta técnica. As injeções fazem parte inclusive do nosso protocolo digital de trabalhos, por serem mais rentáveis as pastilhas quando em comparação com os blocos. Sou um fã e um defensor das cerâmicas injetáveis e do sistema IPS e.max. ”, ressaltou o técnico. 

Segundo o Dr. Paulo Kano, Outro importante fator que deve ser levado em consideração, é o custo operacional, já que no sistema injetado o valor despendido para confecção da restauração é consideravelmente inferior, quando comparado aos preços das pastilhas à dos blocos de fresagem ou técnicas de fundição e injetoras aos equipamentos de CAD/CAM.

“Inicialmente, a questão de maior peso que recaia sobre os injetados eram as fraturas durante o processo de injeção, porém, o constante desenvolvimento técnico-científico em materiais dentários permitiu a evolução de todos esses produtos e dos processos que os envolvem. Atualmente, estudos demonstram que as pastilhas para injeção de cerâmica apresentam uma boa resistência mecânica e, ao mesmo tempo, permitem preservar o periodonto e estruturas dentais. Conferindo boa estabilidade e sendo um método eficiente na obtenção de restaurações. Esse sistema já se apresenta consolidado e possui uma boa aceitação e reconhecimento entre inúmeros profissionais”, disse Dr. Paulo Kano 

Sempre evoluindo
Novamente, seguindo os padrões da evolução tecnológica e digital, a partir de novos métodos de fabricação, aumenta-se a demanda sobre a eficácia de custos e tempo de produção, além da inerente integração entre laboratórios e consultórios no século 21, que exigem fluxos de trabalho mais modernos e eficientes. Um sistema que segue na direção dessas demandas, por exemplo, é o sistema de impressão PrograPrint 3D, que otimiza o trabalho dos laboratórios de prótese dentária. Habilidade técnica e olho treinado, entretanto, continuarão a ser os fatores mais importantes para dar individualidade às restaurações, conforme explica Armin Ospelt, o Diretor Sênior da Global Business Unit Labside Analog .

“O processo de injeção é à prova do tempo, devido ao aumento no desempenho alcançado com a fabricação rápida de vários padrões de cera em um único processo de impressão e a integração da tecnologia de injeção já comprovada”.

Em todo o mundo, dentistas e técnicos estão usando IPS e.max Pess com entusiasmo e confiança. A cerâmica também é popular entre os pacientes, que amam as excelentes qualidades estéticas das restaurações feitas a partir dela. Além de suas excepcionais propriedades ópticas, o IPS e.max impressiona com seu excelente desempenho clínico: 150 milhões de restaurações instaladas e uma taxa de sobrevivência de 96,2% que falam por si. A garantia IPS e.max de dez anos inspira confiança, assim como o próprio material.

“A possibilidade de injeção de materiais cerâmicos foi uma revolução em nossa profissão, pois trouxe aos laboratórios um material de baixo custo que, em simultâneo, apresenta alta qualidade, bons ajustes marginais e excelentes resultados estéticos. A cada momento a odontologia evolui, trazendo novas alternativas de materiais, equipamentos e técnicas que permitem facilitar o cotidiano clínico e laboratorial. Essa corrida de inovações é benéfica, pois não contrapõe técnicas e sim agrega opções para que cada profissional possa escolher aquilo que melhor se adequa à sua realidade, metodologia de trabalho e expectativa”, conclui Dr. Paulo Kano.

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