Os hormônios femininos, além de regularem o apetite, sono e humor, também têm grande influência sobre a saúde bucal. Durante a gravidez, eles sofrem maiores variações no organismo da mulher, tornando-a mais sensível e vulnerável a inflamações e infecções. “Por isso, consideramos essencial o acompanhamento de um dentista nesse período”, orienta o cirurgião-dentista Marcelo Marcucci, assessor em Odontologia Hospitalar da Associação Brasileira de Odontologia (ABO), entidade que congrega, aproximadamente, 90.000 dentistas e é considerada a maior rede de educação continuada em odontologia do mundo.
“Muitas gestantes deixam o cuidado com a sua saúde bucal de lado porque a gravidez tende a ser cansativa e exigente em vários aspectos”, prossegue. “Porém, visitar o dentista é de grande importância. Não se deve deixar esse compromisso apenas para quando aparecerem complicações, como dores ou sangramentos.”
Embora o primeiro trimestre seja o mais importante para o desenvolvimento do feto, Marcelo recomenda que a gestante receba orientações odontológicas logo no início da gestação. Procedimentos eletivos podem ser realizados com segurança entre quarto e sexto mês de gravidez. A paciente deve explicar ao dentista que está grávida para que, assim, ele possa optar pelos métodos e tratamentos mais adequados ao seu quadro.
Uma inflamação ou infecção bucal pode colocar em risco o bebê que está no útero, levando a parto prematuro ou baixo peso no nascimento. “Em torno de 75% das grávidas apresentam gengivite. As alterações hormonais características da gravidez aumentam a predisposição a esse tipo de problema”, observa Marcelo.
Além de consultar-se com um especialista, as mulheres que aguardam um bebê também devem alimentar-se bem, passar diariamente o fio dental e realizar uma higiene bucal adequada. Sinais como vermelhidão na gengiva, inchaço e sangramento devem ser indicados ao dentista com urgência.
Fonte: Assessoria de imprensa