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Expansão maxilar promove ganho transversal em nível dentoalveolar

De acordo com um estudo realizado por pesquisadores da Universidade do Texas (EUA) e da Universidade Federal de Santa Catarina, tanto a expansão rápida da maxila (ERM) quanto a expansão lenta da maxila (ELM) promovem, de forma eficiente, um ganho transversal em nível dentoalveolar.

A pesquisa, intitulada “Avaliação da expansão maxilar rápida e lenta usando tomografia computadorizada de feixe cônico:ensaio clínico randomizado”, publicada na revista Dental Press Journal of Orthodontics (volume 22, número 2), teve como objetivo avaliar as transformações dentárias, dentoalveolares e ósseas que ocorrem imediatamente após o tratamento com expansão rápida da maxila (ERM) e lenta (ELM) usando expansores do tipo Haas.

Como foi realizada a pesquisa?

Todos os indivíduos foram submetidos a tomografias computadorizadas de feixe cônico (TCFC) antes da colocação dos expansores (T1) e imediatamente após a estabilização do parafuso (T2). Os pacientes que não seguiram os parâmetros da pesquisa foram excluídos. A amostra final constou de 21 pacientes no grupo ERM (idade média de 8,43 anos) e 16 no grupo ELM (idade média de 8,7 anos). Com base em estatística de assimetria e curtose, as variáveis foram consideradas de distribuição normal, e os testes t pareado e t de Student foram realizados, com nível de significância de 5%.

Quais foram os resultados?

O ângulo intermolares mudou significativamente devido ao tratamento, e o grupo ERM apresentou maior inclinação vestibular do que o grupo ELM. O grupo ERM mostrou alterações significativas em outras quatro medidas devido ao tratamento: a maxila apresentou deslocamento anterior e a mandíbula, rotação posterior; no nível transversal, houve tanto alterações ósseas quanto dentoalveolares significativas, devido à expansão maxilar. O grupo ELM apresentou alterações significativas devido à expansão maxilar.

Assim, os pesquisadores concluíram que penas o ângulo intermolares apresentou diferença significativa entre as duas modalidades de expansão maxilar, com maior inclinação vestibular no grupo ERM. A ERM resultou, também, em expansão maxilar óssea, ao contrário da ELM. As duas modalidades de expansão maxilar promoveram, de forma eficiente, um ganho transversal em nível dentoalveolar. As medidas sagitais e verticais não apresentaram diferenças entre os grupos, mas a ERM promoveu o deslocamento anterior da maxila e a rotação posterior da mandíbula.

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