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Estudo reforça potencial de células-tronco

Um estudo recentemente publicado no Journal of Dental Research apresenta uma análise inédita sobre células-tronco, fornecendo insights valiosos sobre seu potencial terapêutico. Conduzida por pesquisadores da ADA Forsyth e da Universidade da Carolina do Norte (UNC), a pesquisa se destaca por identificar detalhadamente o genoma das células-tronco da polpa dentária e do ligamento periodontal, bem como suas possíveis trajetórias de diferenciação. 

Liderados pelo cientista Alpdogan Kantarci, DDS, MSc, Ph.D., da ADA Forsyth, e pelo bioestatístico Di Wu, Ph.D., da UNC, o estudo revela que essas células-tronco possuem o potencial único de se transformar em diversos tipos celulares do corpo humano. 

“Nosso objetivo foi entender as diferenças entre as células-tronco da polpa dentária e do ligamento periodontal, explorando suas capacidades de diferenciação”, explicou Kantarci. A equipe identificou sete agrupamentos de genes distintos em ambas as células-tronco, refletindo diferentes estágios no processo de diferenciação celular. 

Embora quatro desses agrupamentos tenham sido semelhantes entre os dois tipos de células-tronco, três foram exclusivamente diferentes. As células-tronco do ligamento periodontal mostraram maior semelhança com fibroblastos, enquanto as da polpa dentária demonstraram maior potencial de diferenciação, especialmente em direção às células ósseas. 

“Essas descobertas representam uma nova era na medicina regenerativa”, afirmou Kantarci. Ele destacou a30 possibilidade de selecionar células-tronco com base em suas propriedades distintas, abrindo caminho para terapias regenerativas mais direcionadas e eficazes. 

Novidades
Diferentemente de estudos anteriores, os cientistas da ADA Forsyth utilizaram células-tronco de dentes extraídos sem cultivo prévio, enviando-as para análise na UNC. Além disso, as células foram diferenciadas em fibroblastos e osteoblastos para estudos comparativos.

“Acreditava-se que as células-tronco eram uniformes ou muito diferentes umas das outras. Agora, vemos seu enorme potencial para terapias regenerativas direcionadas”, concluiu Kantarci. Os resultados promissores desse estudo abrem caminho para avanços significativos na odontologia regenerativa e na medicina como um todo.

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