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Estudo destaca a importância dos cuidados odontológicos no pré-natal

Durante a gravidez a futura mamãe tem uma agenda repleta de afazeres e consultas. Preparar o “ninho” para a chegada do bebê é uma experiência prazerosa e a primeira demonstração de amor pelo filho não é cuidar do enxoval, mas sim do pré-natal. E isto inclui uma série de exames, inclusive odontológicos, afinal, muitas doenças começam pela boca; A gestante está mais propensa ao aparecimento de alterações bucais como gengivite, periodontite e abscessos, quadros infecciosos que além de trazerem prejuízos à sua saúde, podem levar ao parto prematuro e baixo peso do bebê ao nascimento.

Importância dos cuidados odontológicos no pré-natal

De acordo com DrJosé Luis G. Bretos, Mestre em Ortodontia e Radiologia e Doutor em Ciências da Saúde, da UNIFESP, um estudo divulgado em fevereiro de 2013, de natureza bibliográfica, realizado por profissionais especializados em Saúde da Família da Universidade, UNIFESP, alerta sobre a importância de incentivar a educação e a promoção de saúde bucal como parte importante do Programa de Atenção à Saúde da Mulher, conforme recomendado pelas Diretrizes da Política Nacional de Saúde Bucal, estimulando na futura mãe à consciência da importância em adquirir e manter hábitos positivos de saúde bucal. O estudo foi realizado com base em 424 artigos (consultas realizadas), durante o período de 25 de junho a 20 de julho de 2012 e investigou os conhecimentos, as práticas e as representações de profissionais da saúde dos SUS (médicos e dentistas) e gestantes sobre a atenção à saúde bucal durante a gravidez e foi concluído que as políticas de promoção da saúde bucal e de atenção integral ao pré-natal devem ter como estratégia a ampliação da oferta de serviços às gestantes para melhorar a saúde das mamães e bebês.

Como acontece?
“As bactérias da gengivite e da periodontite escapam para a circulação e, no corpo da gestante, conseguem fixar na placenta, tecido que envolve o bebê dentro do útero. Como uma reação para salvar a criança, o corpo entende que precisa antecipar o trabalho de parto.”, explica Dra Andrea Beder, mestre em implantodontia, cirurgiã Trauma Buco Maxilo Facial e especialista em Apnéia do Sono, do Instituto Alpha.

Durante a gravidez, as inflamações nas gengivas podem agravar, devido às alterações hormonais, responsáveis por modificar o equilíbrio normal da boca. Isto principalmente se os dentes não forem bem escovados. “As mulheres ficam sensíveis emocionalmente e acaba consumindo mais doces, aumentando a acidez bucal, ambiente perfeito para a proliferação de bactérias”, complementa Dr. Milton Raposo Jr, especialista em estética facial dental e reabilitação oral, da MR Estética Dental. “A ansiedade, medo, mitos e crenças que rodeiam as mamães também dificultam a importância sobre a necessidade dos cuidados.”, conclui Dr. Milton Raposo Junior.

Crenças e mitos de que o tratamento odontológico realizado durante a gravidez prejudica o desenvolvimento do filho ainda acompanham mulheres gestantes e contribuem para dificultar o cuidado com a saúde bucal neste período. Então como proteger o bebê pela boca? Dr. Milton e Dra Andrea respondem as perguntas:

 

Quando iniciar o tratamento com segurança para o bebê?

O segundo trimestre gestacional seria a melhor fase de tratar à gestante, principalmente devido à estabilidade física e psicológica da mulher. Assim é possível evitar possíveis desconfortos, como náuseas, provocadas por instrumentos ou odores dos produtos utilizados durante o tratamento.

 

Se a mãe tem alergia a estes produtos, como seguir o tratamento?

Graças às farmácias de manipulação podemos lançar mão de diversos produtos antialérgicos e sem cheiro e sabor, tudo para ajudar a futura mamãe. No Instituto Alpha e clínica MR Estética bucal são usadas medicações que não expõem as mães e seus bebês a riscos.

 

 Pode usar anestésicos nas futuras mamães?

Sim, o grande vilão das mamães eram os anestésicos locais, mas hoje temos diversos tipos de anestésicos locais que vão desde para gestantes, cardíacos, e etc.

 

Porque a gengivite pode acontecer na gravidez?

Durante a gestação, as mudanças hormonais contribuem para a inflamação na gengiva, que é provocada por um acumulo de placas bacterianas.

 

Qual é o perigo da gengivite durante a gestação?

As bactérias da gengivite e da periodontite escapam para a circulação e, no corpo da gestante, conseguem aportar na placenta, tecido que envolve o bebê dentro do útero, provocando o nascimento prematuro.

 

A mãe não sente incômodo na gengiva ou nos dentes, mesmo assim pode apresentar estes problemas?

Sim. A gengivite e periodontite não apresentam sinais e quando descobertas já estão em estágio avançado.

 

Como prevenir as doenças bucais durante a gravidez?

Escovar os dentes e a língua corretamente, além de usar o fio dental sempre após as refeições, para remover os restos de alimentos. O ideal é ir com freqüência ao dentista durante este período, como complemento do pré-natal.

 

O tratamento pode ser realizado no terceiro trimestre de gestação?

Sim, porém se devem respeitar algumas regras porque neste período a mamãe está ansiosa devido à proximidade do parto.

 

E quais são estas regras?

Não reclinar muito a cadeira odontológica, evitando o desconforto da gestante e até mesmo dificuldade de respirar devido à posição. Os tratamentos devem ser rápidos e de preferência pela manhã. Oriente a mamãe sobre a necessidade de tomar café da manhã antes de começar o tratamento, para equilibrar o nível de glicose no organismo. O consultório deve estar equipado com banheiros especiais e entender que o tratamento pode ser interrompido, devido à necessidade de a mamãe sentir vontade de urinar. Fora o íntimo contato do profissional da odontologia com a obstetra da paciente, para promover seu maior conforto e segurança.

 

Porque é importante o acompanhamento da gestante em lugares especializados?

A gestante em geral tem maior probabilidade de elevação ou queda súbita da pressão arterial e também possuem potencial para hiperglicemia, falta de ar, taquicardia, além das famosas náuseas matinais. Mas tudo isso já é procedimento clínico normal, caso a mesma venha a ter qualquer uma destes sintomas em nossos consultórios.

 

Estas dúvidas devem ser tiradas com o especialista em odontologia e no preparo de suporte para atender as futuras mamães, assim como um pré-natal. Desta forma podemos trabalhar de maneira multiprofissional, junto com o médico obstetra e tentar fazer com que a agenda da futura mamãe possa ter visitas médicas e odontológicas.

Fonte: Mix Press – Assessoria de Comunicação

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