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Entrevista Revista Clínica de Ortodontia Dental Press: Mazyar Moshiri

Aproveite o período de quarentena para atualizar seus conhecimentos. Dental GO está disponível gratuitamente para todos os dentistas durante 30 dias. Confira a entrevista com Dr. Mazyar Moshiri

Mazyar Moshiri

O Brasil passa por um momento delicado. Com a proliferação do Coronavírus (Covid-19), a orientação geral, não só do Ministério da saúde, mas de entidades internacionais de saúde, é que a população se mantenha em casa, saindo apenas em casos de suma importância. Diversas cidades ao redor do Brasil já decretaram o fechamento do comércio e, em situações mais extremas como na Itália, a quarentena geral da população, em isolamento domiciliar compulsório.

Os dentistas são, segundo algumas pesquisas, os profissionais com maior risco de contração do vírus e algumas medidas de segurança devem ser tomadas, para resguardar a saúde desses profissionais.  Pensando no bem-estar da população que optou em ficar em casa e que gostaria de aproveitar esse período para estudar, a Dental Press disponibilizou por 30 dias acesso gratuito e irrestrito a todos aqueles que quiserem aproveitar o tempo de quarentena e isolamento domiciliar para aprimorar os conhecimentos.

Todo o acervo da Dental Press está disponível no Dental GO, inclusive, as edições mais recentes de seus periódicos. A recomendação de hoje para estudo é a entrevista do Prof. Dr. Mazyar Moshiri, presente na mais recente edição da Revista Clínica de Ortodontia Dental Press. Àqueles que quiserem ler fragmentos desse material, a reportagem traz quatro perguntas e respostas do conteúdo total. Caso se interessem, o material está disponível na íntegra no Dental GO.

A ENTREVISTA

Dr. Mazyar Moshiri é credenciado como Invasalign Elite Provider em sua clínica particular em St. Louis (Missouri, EUA). Palestrante dos webinars “Ask the Expert”, é um dos principais professores no ensino de soluções para casos Classe II e mordida profunda.Como Professor Assistente Clínico no Saint Louis University Center for Advanced Dental Education, o Dr. Moshiri dá palestras e faz supervisão clínica de tratamentos com Invisalign. É diplomado pelo American Board of Orthodontics e fellow do American College of Dentists.  Para a edição v19n1, da Revista Clínica de Ortodontia Dental Press, Dr. Moshiri responde questionamentos dos professores Marco Schroeder, Guilherme de Araújo Almeida, Carlos Alberto Estevanell Tavares e Eustáquio A. Araújo.  Confira alguns trechos da entrevista:


1. Quais são os tipos de má oclusão mais adequados para tratamento com alinhadores? Existe algum tipo a ser evitado? (Guilherme Almeida)
Os tipos de má oclusão mais adequados para tratamento com alinhadores são aqueles com tendência hiperdivergente ou com mordida aberta (Fig. 1). A presença interoclusal do material plástico na região posterior ajuda a limitar o aparecimento de interferências durante a fase de nivelamento e alinhamento. Além disso, a cobertura completa dos dentes anteriores pelo material plástico também ajuda a bloquear a língua. Assim, no tratamento com alinhadores, esses recursos combinados implicam em um menor uso de elásticos e menos extrusão na região anterior.
4. Como um expert reconhecido em tratamentos ortodônticos com alinhadores, qual sua abordagem para pacientes com sobremordida profunda? Quais prescrições podem levar a melhores resultados nesses casos? (Carlos Alberto Tavares)
Há inúmeras variáveis a se considerar aqui. Primeiro, mordidas profundas com apinha mento são muito mais previsíveis do que as sem apinhamento, pelo motivo óbvio de que a proclinação leva a uma abertura da mordida (proclinação dentro de certos limites, é claro). Agora, mordidas profundas com apinhamento leve ou com espaços são outra história, já que, a partir de um ponto de vista etiológico, esses pacientes frequentemente apresentam uma musculatura facial forte e um padrão braquicefálico; consequentemente, com apinhamento mínimo (na ausência de discrepância de tamanho dentário). A melhor forma de se abrir essas mordidas é considerar o uso de batentes de mordida — normalmente, colados por lingual,
ou os bite ramps do próprio alinhador de 12 a 22; envolver proclinação sempre que possível (i.e., abrindo espaço restaurador, caso haja atrito ou também desgaste interproximal) — ou ainda pode-se lançar mão de um tratamento híbrido com aparelho fixo na arcada inferior (já que pacientes com condições complexas normalmente aceitam esse tipo de abordagem) (Fig. 3).
8. Nos casos de extração de incisivos inferiores ou em casos que apresentam diastema entre os incisivos superiores, quais são os recursos para controlar a vestibularização dos dentes durante o fechamento dos espaços? (Marco Schroeder)
Para prevenir a extrusão e a perda de torque dos dentes durante o fechamento de espaços, é importante sobretratar tanto torque quanto a intrusão, e garantir que os attachments posteriores foram adequadamente preparados para a ancoragem, de forma a dar suporte à movimentação dentária conforme o planejamento realizado.
13. Os alinhadores vieram para ficar e certamente podem dar a impressão de que tudo pode ser feito de maneira fácil. Em sua opinião, qual é o futuro da Ortodontia e o impacto dos alinhadores naquilo que chamo de “crise de qualidade nos tratamentos”? (Eustáquio Araújo)
Nós tratamos os alinhadores da mesma forma que os aparelhos fixos, esperando a mesma qualidade no acabamento. Isso não é fácil de se conseguir, apesar de ser possível. Porém, é preciso dedicar um tempo significativo para aprender sua biomecânica, aliada à prática, e para aprender com os próprios erros, de forma a melhorar constantemente os resultados. Os alinhadores não são fáceis de se usar, assim como os aparelhos fixos também não são. Somos especialistas em movimentar dentes, mas estamos mais acostumados com os aparelhos fixos. Isso não significa que os alinhadores não possam proporcionar tratamentos com a mesma qualidade (Fig. 8), apenas quer dizer que, em muitos casos, não estamos suficientemente acostumados para saber como fazê-lo.
– – – Confira a entrevista completa no Dental GO – – – 
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