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EaD na Odontologia: entidades são contra modalidade

EaD não pode ser opção para graduação em Odontologia, manifestam-se entidades

EaD não pode ser opção para graduação em Odontologia, manifestam-se entidades

O EaD (Educação à Distância) não é uma opção viável para cursos de Odontologia. Essa é a posição do CFO (Conselho Federal de Odontologia), em colaboração com os Conselhos Regionais de Odontologia e entidades do setor, que está liderando uma ação contra essa modalidade de ensino na Odontologia. 

Esta mobilização da classe odontológica em defesa da qualidade da formação ganhou destaque em um importante evento: o “Fórum Nacional Contra a Modalidade de Educação a Distância,” que culminou na assinatura de uma Nota Pública por todos os participantes, manifestando uma firme oposição a essa modalidade de ensino.

Uma vitória recente nessa jornada foi a aprovação unânime do Relatório do Grupo de Trabalho EaD (GT EaD), que concluiu de forma categórica que os cursos de graduação em Odontologia devem ser oferecidos exclusivamente na modalidade presencial. Essa decisão, fundamentada no conhecimento técnico e científico, demonstrou a inviabilidade da EaD na área odontológica.

Agora, uma nova fase nesse processo que envolve a política educacional foi iniciada. A Secretaria de Regulação e Supervisão da Educação Superior (Seres), órgão vinculado ao Ministério da Educação (MEC), lançou uma Consulta Pública com o propósito de discutir modificações na Portaria Normativa nº 11/2017 do MEC, que regula a oferta de cursos de graduação na modalidade EaD. 

Essa iniciativa, aberta para manifestações até o dia 20 de novembro, busca a participação da sociedade para aprimorar o planejamento da educação superior no país.

Próximos passos
Esta consulta marca o próximo passo do Ministério da Educação após a divulgação do relatório apresentado pelo GT EaD, que foi criado pelo MEC para avaliar a viabilidade da modalidade de ensino à distância em cursos de graduação em Odontologia, Direito, Enfermagem e Psicologia. 

O relatório, com a colaboração não apenas do CFO, mas também da Associação Brasileira de Ensino Odontológico (ABENO) e da Sociedade Brasileira de Pesquisa Odontológica (SBPqO), apresentou fundamentação técnica e científica que desaconselha veementemente a adoção da EaD na área odontológica.

Vale destacar que, munido dos resultados apresentados nesse documento, o Ministro da Educação, Camilo Santana, anunciou a suspensão da autorização de cursos a distância em diversas áreas do conhecimento, incluindo a Odontologia.

A página da consulta apresenta inicialmente seis propostas de ajustes na regulamentação da modalidade EaD. Seguindo os parâmetros estabelecidos pelos estudos do GT EaD, uma das propostas explicitamente proíbe a Educação à Distância na Odontologia, além de outras áreas de estudo.

Os interessados podem contribuir expressando suas opiniões e sugestões em relação a cada uma das propostas apresentadas (é necessário fazer login na plataforma gov.br para enviar mensagens). Esta consulta representa uma oportunidade para a comunidade odontológica e outros setores interessados na qualidade da educação superior manifestarem sua posição em relação à EaD na área odontológica

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