O Dental Press Journal of Orthodontics (DPJO), publicação oficial da Associação Brasileira de Ortodontia e Ortopedia Facial (ABOR), triplicou seu impacto no SCImago Institutions Rankings (SIR), uma plataforma de avaliação e geração de rankings para analisar a produção de pesquisa das universidades e instituições de todo o mundo, desenvolvidos a partir das informações contidas na base de dados Scopus. O índice SCImago de 2015 do DPJO, divulgado este mês, passou de 0.185 (índice registrado em 2014) para 0.443.
Para o editor-chefe do DPJO, David Normando, professor da Universidade Federal do Pará (UFPA), o bom resultado deste ano é fruto de alterações realizadas há mais tempo. “A triplicação do índice nos surpreendeu, mas este é o primeiro resultado colhido após a nossa inserção no PubMed, iniciada em 2013, que tem um papel primário neste excelente resultado. Obviamente que o legado conquistado pelos editores que me antecederam foram fundamentais, como a indexação no SciELO e a adoção do inglês como um dos idiomas da revista”, diz Normando.
Cites per doc
O índice SCImago avalia e ranqueia periódicos científicos a partir da quantidade de citações, os cites per doc, por eles recebidas nos três anos que se seguem à publicação das edições (confira aqui avaliação completa do DPJO). O SCImago Journal Rank (SJR) leva em consideração a origem das citações (se provêm de periódicos de ponta ou periódicos medianos) e também a lógica de citações própria a cada subárea, uma vez que em determinadas áreas utiliza-se tradicionalmente mais itens de referência que em outras. Assim sendo, o índice SCImago tem um caráter qualitativo e contextual, utilizando um algoritmo que adota uma lógica de funcionamento semelhante à do algoritmo PageRank do Google.
Qualis
Outra medida importante para a reputação de uma publicação científica é o Fator de Impacto (FI) fornecido pelo Institute for Scientific Information (ISI), da Thomson Reuters. A Comissão de Aperfeiçoamento de Pessoal do Nível Superior (Capes) analisa, entre outros fatores, os cites per doc da SCImago e o FI do ISI para a qualificação de periódicos. Os veículos são enquadrados em estratos indicativos da qualidade – A1, o mais elevado; A2; B1; B2; B3; B4; B5; C – com peso zero. Atualmente, o DPJO é Qualis B3.
“Estamos muito próximos do índice dos parâmetros para o Qualis B2. Entre 2013 e 2014, a metade dos programas de pós-graduação brasileiros publicou no DPJO. Com os resultados que estamos colhendo, acredito que a comissão de avaliação da área odontológica estará sensível às conquistas do periódico e da Ortodontia brasileira”, explica o editor-chefe.
Com os resultados positivos, o corpo editorial ganha ainda mais fôlego para continuar o trabalho. “O DPJO é uma revista internacional, portanto o foco é a obtenção do nosso fator de impacto na base ISI e uma melhora progressiva no cites per doc da base Scimago”, diz Normando.
