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DPJO é o quinto periódico de Ortodontia mais citado do mundo

Índice SCImago duplicou no último ano, colocando a DPJO na elite dos periódicos de Ortodontia no mundo; revista é a segunda de maior influência e prestígio da Odontologia latino-americana

Para que um periódico científico tenha qualidade, precisa receber bons trabalhos. E para que pesquisadores queiram ter seus trabalhos publicados em tal revista, o periódico precisa ser bem avaliado e estar indexado em bases importantes. Se a revista é ruim, ninguém quer publicar. Mas como uma revista poderá alcançar sucesso sem bons artigos? É a velha história do ovo e da galinha. Quem veio primeiro?

Quando o assunto é publicação científica, a resposta é mais simples. Pesquisadores respeitados enviam artigos de alta qualidade para revistas ainda pouco expressivas, como se estivessem investindo a longo prazo. Uma vez que a revista passa a publicar pesquisas de alto nível, conquista boas avaliações e indexações importantes. Assim, o autor que submeteu um trabalho para uma revista desconhecida, teoricamente mais fácil de ser aceito, terá, um dia, um artigo publicado em um periódico consolidado e respeitado.

A teoria pode até simples, mas o caminho é longo e deve ser baseado em dois pilares importantes: confiança e credibilidade. Foi o que ocorreu com a Dental Press Journal of Orthodontics (DPJO), revista oficial da Associação Brasileira de Ortodontia e Ortopedia Facial e do Board Brasileiro de Ortodontia e Ortopedia Facial (BBO). Nos últimos quatro anos, a revista – que já soma duas décadas de história – deu um grande salto nas avaliações, graças aos trabalhos de qualidade que vem publicando.

 

SCImago

Divulgados no início desta semana, os índices de 2016 do SCImago Institutions Rankings (SIR) mostram que o DPJO já é o quinto periódico de Ortodontia mais citado do mundo, e o segundo de Odontologia na América Latina de maior influência e prestígio, atrás apenas do Journal of Applied Oral Science, editado pela Faculdade de Odontologia de Bauru (FOB-USP). O SIR é uma plataforma de avaliação e geração de rankings para analisar a produção de pesquisa das universidades e instituições de todo o mundo, desenvolvidos a partir das informações contidas na base de dados Scopus.

Em 2016, o índice cites per doc (citações por documento) dobrou em relação ao ano anterior: saltou de 0.355 para 0.768. Esse indicador revela a soma de todas as citações recebidas por artigos de um periódico, dividido pelo total de trabalhos publicados, no intervalo de três anos.

A partir dos cites per doc é calculado o SCImago Journal Rank (SJR), que leva em consideração a origem das citações (se provêm de periódicos de ponta ou periódicos medianos) e também a lógica de citações própria a cada sub-área, uma vez que em determinadas áreas utiliza-se tradicionalmente mais itens de referência que em outras. Assim sendo, o índice SCImago tem um caráter qualitativo e contextual, utilizando um algoritmo que adota uma lógica de funcionamento semelhante à do algoritmo PageRank do Google. O SJR em 2016 foi 0.462, o dobro de 2015. Confira aqui a avaliação completa do DPJO

Made in Brazil

O diretor editorial da Dental Press, Bruno Furquim, diz que o bom resultado no ranking é reflexo da nossa Ortodontia, que é uma das melhores do mundo – e que, agora, pode contar com uma publicação à sua altura. Antes, as pesquisas de ponta realizadas aqui eram publicadas somente no exterior, pois se fossem publicadas aqui não seriam citadas, e não teriam a visibilidade merecida.

“Hoje, os ortodontistas brasileiros citam os artigos publicados pela Dental Press, assim como os estrangeiros, que passaram a nos conhecer e citar nossos artigos. Temos visto, com frequência, trabalhos na American Journal e na The Angle que citam os artigos da Dental Press”, conta. Em função de tudo isso, a revista – que desde 2010 é publicada em Inglês, com versão em Português para seus assinantes – torna-se, de fato, internacional.

Desde que a revista conquistou indexação no PubMed Central, em 2013, o número de submissões internacionais não pára de crescer. Em 2016, 38% dos trabalhos recebidos foram de pesquisas produzidas fora do país. Pouco mais da metade disso foi aceito: 16,67% dos artigos publicados em 2016 são internacionais. “Estar no PubMed Central, sem dúvida, trouxe mais visibilidade e facilidade para que esses artigos fossem lidos; e uma vez lidos, que fossem citados”, explica Furquim.

Direção

Desde 2012, quem dá o tom da revista – e quem promoveu mudanças significativas no fluxo de trabalho – é o editor-chefe David Normando, professor da Universidade Federal do Pará (UFPA). Durante sua gestão, organizou e diminuiu a espera para revisão e publicação de artigos no periódico. Além disso, criou um corpo editorial plural e internacional, dividido por áreas do conhecimento, com professores expoentes de todo o mundo.

Já atuaram como editores-chefes da publicação os professores Laurindo Furquim (1996-20030; Adilson Luiz Ramos (2003-2006; e Jorge Faber (2007-2011).

Modelo de negócio

Tradicionalmente, as revistas científicas brasileiras são produzidas por entidades de classe ou universidades públicas, sem fins lucrativos, muitas vezes viabilizadas por fomentos de órgãos públicos como Capes e CNPQ. No caso de uma empresa privada como a Dental Press, a dificuldade em produzir uma revista científica de qualidade foi grande. “Sempre foi um desafio fazer com que a revista fosse interessante e lida pela comunidade. A gente precisava vender o produto, caso contrário não conseguiríamos gerar receita para produzir a revista. Diferente do modelo tradicional, nós geramos renda e emprego com uma revista científica, sem abrir mão da credibilidade nem cobrar nada dos autores”, afirma o diretor editorial.

A Dental Press aproveita o momento para mostrar à comunidade que é possível viabilizar, no Brasil, um veículo científico de modo sério e honesto. “Apesar de difícil, é possível. A DPJO tem 20 anos, e só agora conseguimos estar entre as cinco revistas de Ortodontia mais citadas do mundo. Felizmente, todo o esforço foi recompensado.”

Outras publicações

O sucesso da DPJO é exemplo a ser seguido pela própria editora, que publica outras quatro revistas científicas, periódicos oficiais de importantes entidades de classe. A Revista Clínica de Ortodontia Dental Press foi adotada pela Asociación Latino Americana de Ortodoncia (ALADO) como sua revista oficial; o Journal of the Brazilian College of Oral and Maxillofacial Surgery (JBCOMS) é a publicação do Colégio Brasileiro de Cirurgia e Traumatologia Buco-maxilo-facial; a Sociedade Brasileira de Odontologia Estética (SBOE) tem o Journal of Clinical Dentistry and Research (JCDR) como sua revista oficial; e a Dental Press Endodontics (DPE) é o periódico da Sociedade Brasileira de Endodontia (SBEndo).

A DPE, única revista da especialidade no país, indexada no poderoso Scopus, também aparece como destaque no SCImago, apesar de jovem (tem apenas sete anos). A revista está em sétimo lugar no ranking das melhores da América Latina. Assim, das nove revistas elencadas, oito são brasileiras e duas editadas pela Dental Press. “Estamos no caminho certo”, finaliza Furquim.

 

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