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Dia Mundial Sem Tabaco – intervenção odontológica é ineficiente

De acordo com um estudo realizada por pesquisadores do Centro Universitário Uningá (Maringá, PR), o número de cirurgiões-dentistas que não intervêm para que os seus pacientes deixem de fumar ainda é grande. Intitulada “Avaliação das práticas e atitudes do cirurgião-dentista no controle do uso de tabaco pelos pacientes”, a pesquisa teve como objetivo avaliar o conhecimento e as atitudes dos cirurgiões-dentistas em relação aos métodos de aconselhamento para que os pacientes deixem de fumar, e mostrou que mesmo quando existe a intervenção, os profissionais obtém um baixo índice de sucesso.

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A maioria dos profissionais demonstrou grande interesse pela relação do tabaco com os problemas bucais (65%), acham possível inserir a abordagem e tratamento dos fumantes na rotina de atendimento (60%), e conhece algum método de intervenção para ajudar na cessação do hábito (55%).

No entanto, apesar de metade dos participantes considerar que o cigarro está intimamente relacionado com a doença periodontal e outros diversos problemas de saúde bucal , apenas 32,5% dos profissionais costumam intervir com frequência. Além disso, 67,5% deles não recebeu informação sobre métodos de aconselhamento durante sua formação profissional, e apenas 15% conseguem esclarecer de fato e orientar seus pacientes.

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Porém, o resultado dessa intervenção é mínimo, pois a maior parte dos pacientes não demonstra interesse nas orientações e tem pouca intenção em parar de fumar (57,5%), fazendo com que a maioria dos profissionais considere baixo o índice de sucesso das intervenções (45%).

Pode-se concluir que o número de cirurgiões-dentistas que não intervêm ainda é grande e a intervenção, quando feita, fica mais voltada a perguntas e aconselhamentos sobre o hábito, ficando relegados a segundo plano o acompanhamento mais intenso e direcionado do paciente fumante, bem como o aconselhamento de métodos alternativos para se deixar de fumar como, por exemplo, a terapia de reposição de nicotina.

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