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Dente de leite leva cientistas brasileiros à Nasa

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José Ricardo Muniz Ferreira é periodontista e doutor em biomateriais (Foto: R-Crio)

Os cientistas brasileiros José Ricardo Muniz Ferreira, CEO e fundador do Centro de Tecnologia Celular R-Crio, e Roberto Fanganiello, consultor científico da instituição, falaram nesta quarta-feira (27) sobre o processo de armazenamento das células-tronco da polpa do dente de leite, no workshop Empreendedorismo e tecnologia para a sociedade, no Space Life Science Laboratory, em Merritt Island (FL-USA). O instituto é fruto da parceria entre o governo da Flórida e a National Aeronautics and Space Administration (Nasa). O objetivo da dupla foi mostrar como é possível transformar o objeto de pesquisa científica em negócio, colocando o que há de mais sofisticado na academia à disposição do público.  Esta foi a primeira vez que brasileiros expuseram no centro.

Muniz Ferreira, doutor em biomateriais e periodontista, e o biólogo Roberto Fanganiello, Ph.D em genética Humana pela Universidade de São Paulo (USP) e Universidade de Yale, abordaram desde aspectos técnicos relacionados ao processo inovador de isolamento, expansão e criopreservação das células-tronco extraídas a partir da polpa do dente de leite desenvolvido pela R-Crio, bem como explicaram o potencial destas células, consideradas um importante instrumento para a medicina regenerativa. As células mesenquimais são diferentes das encontradas no cordão umbilical – de origem sanguínea –tanto em quantidade quanto em qualidade. Elas são capazes de se expandir em milhões e se transformar em osso, cartilagem, pele, músculo e entre outros.

Doenças degenerativas

Desde o início do último século, iniciativas apontam que a prevenção, controle e tratamento de doenças infecciosas contribuíram significativamente para o aumento da expectativa de vida em países de todo o mundo. As doenças degenerativas, entretanto, ainda são um grande desafio e por isso as células-tronco se apresentam como uma importante e real alternativa.

Dentre os principais desafios encontrados estão: a atual relevância desses males em relação a taxas de mortalidade — incluindo doenças cardíacas, diferentes formas de cânceres, diabetes, entre outras — junto a uma grande preocupação da comunidade clínica e científica internacional.

Ainda assim, muitas pesquisas que estão sendo realizadas no mundo, incluindo o Brasil, estão permitindo o desenvolvimento de novas estratégias, que apontam para resultados previsíveis com menos possibilidades de distúrbios e transtornos aos pacientes.

R-Crio

Referência no meio acadêmico e privado, o Centro de Tecnologia Celular R-Crio conta hoje com um time de cientistas e especialistas formados pelas principais instituições de ensino e pesquisa do país. Com projeções de armazenar ao menos 76 mil amostras de células-tronco da polpa do dente de leite em seu banco, nos próximos seis anos, a companhia possui uma estrutura capaz de criopreservar 220 mil amostras destas células.

Sua operação é autorizada pela Anvisa e pelo Conselho Federal de Odontologia – CFO.  A R-Crio possui ainda patente requerida junto ao Instituto Nacional de Propriedades Industriais (INPI) em tecnologia de isolamento, processamento, expansão e criopreservação de células-tronco mesenquimais. Atualmente, mais de mil dentistas são credenciados a sua rede em todo o Brasil. Com laboratório em Campinas (SP), a empresa conta ainda com o serviço de análise genômica em seu portfólio.

Com informações da assessoria de imprensa do R-Crio.

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