Journal of Dental Research indica presença da Covid-19em glândulas salivares, em 91,7% dos pacientes assintomáticos; Nessa glândulas, há maior incidência de células com proteínas ACE2, do que no pulmão
Um fator importante para o combate ao Coronavírus, muito além de estudos sobre vacinas e medicação, é a identificação de formas de contágio da Covid-19, para traçar estratégias de prevenção ao vírus. A utilização de máscaras e EPIs (Equipamentos de Proteção Individual), são fatores que podem auxiliar na segurança e saúde de profissionais da saúde e da população em geral.
Uma pesquisa, datada deste mês, da Journal of Dental Research, indica a presença do Coronavírus nas glândulas salivares, especialmente nas menores que ficam distribuídas por toda cavidade bucal, produzindo gotículas de saliva de maneira contínua. Nessa glândulas, há maior incidência de células com proteínas ACE2 – encarada como chave de entrada viral na célula -, do que no pulmão.
“Eles encontraram os vírus na saliva de 91,7% dos paciente com Covid-19 e sugeriram que a transmissão se dê por saliva de portadores virais assintomáticos. As partículas do Sars-Cov são detectáveis na saliva, antes mesmo do aparecimento de lesões pulmonares. Por fim, a saliva deveria ser considerada a forma principal de infecção para a Covid-19”, destacou o Prof. Dr. Alberto Consolaro em suas redes sociais.
A principal preocupação no diagnóstico rápido e assertivo em relação ao Coronavírus, se dá, além de todas as implicações decorrentes da infecção, na capacidade do Estado em oferecer estrutura de tratamento, visto que com o alto nível de contágio, o Sistema de Saúde nacional pode não suportar a demanda que decorre da Covid-19. Atualmente, uma série de pesquisas estão sendo desenvolvidas, mas a opção pelo isolamento social, vem justamente do anseio de sobrecarregar as capacidades de tratamento.
Na quinta-feira (27), o Brasil amargou a pior estatística referente às mortes decorrentes do Coronavírus: 417, no total. Os dados mais atuais, apontam que o Brasil tem 51.073 pessoas contaminadas, 3.408 mortes e 26.573 pessoas recuperadas da doença. Espera-se que descobertas como essa da Journal of Dental Research, auxiliem na prevenção e diagnóstico da doença ao redor do mundo todo.