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Confira a entrevista de Carlos Alexandre Câmara à Revista Clínica de Ortodontia

Carlos Alexandre Camara
Carlos Alexandre Câmara é o entrevistado da v17n5 da Revista Clínica de Ortodontia

Confira um fragmento da entrevista que o Dr. Carlos Alexandre Câmara concedeu à Revista Clínica de Ortodontia Dental Press, na edição v17n5, que sai na segunda quinzena de novembro

Prezado leitor, nessa entrevista, teremos a chance de entender e aprender como pensa o grande amigo e brilhante professor Carlos Alexandre Câmara, que acaba de deixar o seu legado do honroso cargo de Editor-Chefe da nossa querida Revista Clínica de Ortodontia Dental Press (RCODP). O Caxandre, como é carinhosamente conhecido no nosso meio ortodôntico entre os amigos, é considerado um exímio clínico, excepcional fotógrafo e, hodiernamente, um dos principais e mais requisitados palestrantes dos grandes congressos da Ortodontia. Em função da sua habilidosa desenvoltura no palco e senso de humor elevado, indubitavelmente vem cativando um público cada vez maior expondo sua concepção de associar a estética da face e do sorriso nos nossos planejamentos ortodônticos. No “best-seller” recém-lançado, “Estética em Ortodontia: um sorriso para cada face”, Caxandre, pontua que o Ortodontista deve entender as possibilidades e limites de cada arquétipo facial dos nossos pacientes, pois, dessa forma, pode-se individualizar os tratamentos ortodônticos. Convido, desse modo, os leitores da revista a apreciar essa incrível entrevista de Carlos Alexandre. Boa leitura a todos e como o nosso querido Caxandre diz: Viva a Ortodontia!

– Marcio Almeida (editor-chefe)


1. GRADUAÇÃO:
Fiz graduação e pós-graduação na faculdade de Odontologia da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ). No meu curso de especialização em Ortodontia, tive o privilégio de ter como professores os seguintes mestres: Jonas Capelli, Marco Antônio Almeida, Cátia Quintão, Antônio Carlos Peixoto, Álvaro Mendes, Maria Teresa Goldner e Álvaro Fernandes. Além deles, incluo nesse time dois outros professores, que embora não estivessem na UERJ na época do meu curso, são colegas e amigos tão importantes e queridos, que não poderiam ficar de fora: Flavia Artese e José Augusto Miguel.


2. HÁ QUANTOS ANOS TRABALHA COM A ORTODONTIA:
Sou ortodontista há 23 anos, com dedicação à clínica, ensino e publicações.


3.BRAQUETES CONVENCIONAIS OU AUTOLIGÁVEIS?
Peço aqui permissão a você, caro leitor, para esclarecer alguns pontos. Quando criei o roteiro dessa entrevista, no início da minha gestão como editor, eu nunca pensei que um dia estaria no outro lado respondendo às perguntas. Vendo agora alguns quesitos e tendo que respondê-los, consigo enxergar o porquê da necessidade de mudanças (que serão muito bem-vindas). Essa é uma delas, pois esse questionamento já não tem a mesma co-erência de três anos atrás. Naquela época, existia uma certa controvérsia a respeito de qual tipo de aparelho era melhor: convencionais ou autoligáveis? Passado esse tempo, esse questionamento perdeu força, pois depois de vários trabalhos de pesquisa ficou claro que cada tipo de aparelho tem as suas vantagens e desvantagens, que agora são baseadas em evidências científicas, e não mais em proposições comerciais1. Porém, como clínico e usurário dos dois sistemas, posso dizer com confiança que para mim tanto faz. Aliás, posso ir além e dizer que para as fases iniciais prefiro os autoligados e para as finalizações, os convencionais. E o porquê disso? Porque acho muito mais simples inserir os arcos iniciais no slot dos autoligados, principalmente, naqueles casos com giro- versões, no qual não é nada fácil “prender” o fio ao braquete. Além disso, o tempo de inserção e remoção dos arcos nos autoligados conta a favor, fora a possibilidade de um certo controle, dado pelos “stops”. Já para a fase de finalização, prefiro os convencionais. Como costumo inserir dobras nos arcos de finalização, acho mais fácil e preciso o sistema convencional, já que os slots dos autoligáveis têm dimensões maiores, na maioria dos fabricantes, dificultando o uso de dobras de terceira ordem (“inclinação/torque”). Enfim, como a literatura já comprovou, os dois tipos de aparelho são bons, semelhantes, confiáveis e têm as suas utilidades e serventias. Sendo assim, faço uso de um, de outro, ou os dois ao mesmo tempo, dependendo da demanda e situação. Porém, não custa lembrar que, independentemente do tipo de braquete, é importante avaliar o tipo de periodonto do paciente e, caso o uso de autoligáveis tenha intenções “expansionistas”, o biótipo periodontal deve ser favorável. O biótipo festonado-delgado está contraindicado quando se tem a intenção de expandir dentes.


4. BRAQUETES 0,018″ OU 0,22″
Mais uma vez, peço licença ao caro leitor para esclarecer mais alguns pontos. Não sei se deveria fazer isso, mas a oportunidade é tão valiosa e proveitosa que não posso deixar passar em branco. Prometo que será a última vez. Mas vamos lá; essa pergunta tinha um propósito: esclarecer com ortodontistas consagrados o porquê de suas opções. Reconheço, que no meu caso, o tipo de braquete que eu uso tem a ver com a minha for- mação acadêmica e nunca experimentei qualquer outra opção. Confesso ainda que, por algum tempo, desconhecia outras alternativas de espessura das canaletas (“santa ignorância”). Quando fiquei ciente das possibilidades, optei, deliberadamente, pelo slot 0,022”x0,030, ao invés do 0,022x 0,028”, que usava no curso de pós-graduação e no início da minha carreira. Acredito que esse tipo de canaleta traz algumas vantagens. Entre elas, a possibilidade de usar fios mais espessos (com melhor controle de flexão e forma do arco) e o benefício da folga do fio com relação ao slot, quando uso fios de finalização 0,019”x 0,025”. Além disso, a profundidade 0,030” permite o uso de fios subpostos, o que é muito bem-vindo para nivelar dentes que costumam dar trabalho, como os caninos. Sei que a opção 0,018” também tem as suas vantagens, como necessitar do uso de fios mais finos (leia-se, menos força), ao mesmo tempo que pode exercer maior controle, por conta do slot mais estreito e menor folga do fio. Porém, como já disse, além das vantagens elencadas, conta a favor da minha opção a canaleta 0,022”, o costume de uso deste, desde o tempo de faculdade.

 

– A entrevista completa pode ser lida na Revista Clínica de Ortodontia ou via Dental Go a partir da segunda quinzena de novembro–

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