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Confecção e instalação do Sky Hook

Laurindo Zanco Furquim *

Resumo:

Nos casos de Classe III, principalmente naqueles com deficiência maxilar, o protocolo de tratamento, geralmente eleito, é a protração maxilar realizada após a expansão. A sobrecorreção transversal e a aplicação de forças anteriores de grande magnitude parecem ser as chaves do sucesso. A aplicação destas forças não seriam suficientemente eficientes quando aplicadas com máscara facial. A mentoneira oferece maior conforto ao paciente e, portanto, maior aceitação. Porém, a utilização destas forças, de grande magnitude, devem receber, por parte do ortodontista, cuidados especiais. O sistema adotado deve estar em equilíbrio e algumas regras devem ser obedecidas. Esta dica clínica objetiva sugerir alguns cuidados na utilização deste importante recurso clínico.

INTRODUÇÃO:

Em entrevista, publicada pela Revista Dental Press de Ortodontia e Ortopedia Facial, volume 6, número 1 de Janeiro/ Fevereiro de 20011 , Dr. Andrew Haas foi questionado pelo Dr. Leopoldino Capelozza: “No último congresso da AAO (Chicago 2000), o senhor apresentou os melhores resultados que já vi no tratamento da má oclusão Classe III com expansão rápida e tração da maxila. Quais fatores o senhor considera responsáveis por tanta diferença entre os ganhos obtidos com sua abordagem e aqueles descritos na literatura?” Resposta do Dr. Haas: “A diferença mais significativa entre meus casos e a maioria daqueles publicados na literatura é que eu uso forças de protração de elevada magnitude (até 2400g por lado) por um período de tempo (4 a 6 meses) em que os ossos estão sendo movidos, enquanto que, na maioria das publicações, forças relativamente leves são utilizadas por períodos mais longos, de tal maneira que ocorrem menos alterações esqueléticas e mais alterações dentoalveolares. Nunca usei máscara facial para protrair. Utilizo mentoneira de protração, a qual inventei e ilustrei na publicação de 19702 . os pacientes demonstram excelente aceitação desses níveis de força com a mentoneira. Questiono se algum paciente toleraria essas forças com máscara facial em seu design atual. Na apresentação que você menciona, demonstro alterações, na avaliação Wits, de 8-16mm num período de 4-8 meses. Naqueles estudos, estou familiarizado com a literatura que mostra alterações de 1-3mm.” Após esta entrevista, de grande repercussão no meio ortodôntico, aumentou o interesse na utilização da mentoneira como recurso para a protração maxilar. Esta dica clínica tem como objetivo contribuir com a prática clínica na utilização deste importante recurso mecânico. Nos casos de Classe III, principalmente naqueles com deficiência maxilar, o protocolo de tratamento, geralmente eleito, é a protração maxilar realizada após a expansão.

A sobrecorreção transversal e a aplicação de forças anteriores de grande magnitude parecem ser as chaves do sucesso. Para liberar forças de grande magnitude, que sejam confortáveis e bem aceitas pelo paciente, a mentoneira deve ser confeccionada e instalada obedecendo algumas regras.

MOLDAGEM:

Utiliza-se para a moldagem 3 placas de cera rosa número sete. Duas placas são paralelamente superpostas com aproximadamente 2cm uma sobre a outra (Fig. 1-2). A terceira placa deve ser colocada, como reforço, embaixo das outras duas, no sentido transversal (Fig. 03). Este conjunto de placas de ceras, após a adaptação no queixo do paciente servirá de “moldeira”(Fig. 4). Utilizando-se o alginato, a moldagem deve abranger mento, suco mento labial, lábio inferior e superior (Fig. 5, 6, 7, 8). A moldagem dos lábios servirá como referência para a confecção dos ganchos do Sky Hook (Fig. 9). Após a moldagem utiliza-se gesso comum para o “vazamento”e a reprodução da parte inferior da face do paciente (Fig. 10).

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