De acordo com um estudo de pesquisadores do Departamento de Endodontia da Pontifícia Universidade Católica do Paraná e da Universidade Federal do Paraná, ambas de Curitiba (PR), o comprimento das limas não influencia na centralização do preparo do canal radicular, nem no desvio apical de canais simulados.
Diversos fatores relacionados às características dos instrumentos — como secção transversal, design da ponta e conicidade — podem intensificar a ação de ampliação das paredes do canal radicular. No entanto, não é claro se o comprimento das limas pode interferir na qualidade do preparo.
O estudo, intitulado “Influência do comprimento das limas na qualidade do preparo do canal radicular” e publicado na revista Dental Press Endodontics (volume 7, número 1), teve como objetivo avaliar a influência do comprimento das limas na qualidade do preparo manual do canal radicular.
Como foi realizada a pesquisa?
Trinta canais simulados (IM do Brasil) foram divididos em dois grupos e preparados com limas FlexoFile de 21 mm e de 25 mm. A técnica coroa-ápice foi utilizada e o limite apical de alargamento foi de uma lima de diâmetro 35. Os canais radiculares simulados foram fotografados e radiografados antes e depois dos preparos, e as imagens foram analisadas utilizando-se o programa Image Tool 3.0. A distribuição do desgaste das paredes dos canais e o desvio apical foram analisados sobrepondo-se as imagens.
Quais foram os resultados?
Não foi observada diferença estatisticamente significativa entre os grupos, com relação à distribuição dos desgastes das paredes dos canais ou com relação ao desvio apical, portanto concluiu-se que o comprimento das limas não influenciou na centralização do preparo do canal radicular.
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