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Clorexidina e suas aplicações na Endodontia: revisão da literatura

Autores: Jefferson Marion, Kathielli Pavan, Márcia Esmeralda Bis Franzoni Arruda, Lauro Nakashima, Carlos Alberto Herrero de Morais

Resumo: Esse estudo tem por objetivo apresentar as seguintes propriedades da clorexidina como substância química auxiliar na instrumentação endodôntica: estrutura e mecanismo de ação, substantividade, efeito solvente de tecidos, interação clorexidina x hipoclorito de sódio, citotoxicidade, ação sobre o biofilme, atividade antibacteriana, atividade antifúngica, medicação intracanal, ação reológica e reações alérgicas. Na Odontologia, a partir de 1959, a clorexidina se revelou uma substância efetiva e segura contra a placa bacteriana. Em Endodontia, seu uso tem sido proposto na apresentação líquida ou gel, em diferentes concentrações, geralmente 2%, como agente irrigante dos canais radiculares e medicação intracanal (sozinha ou combinada com outras substâncias), podendo ser aplicada como agente antimicrobiano durante todas as fases do preparo do canal radicular, incluindo a desinfecção do campo operatório, a remoção de tecidos necróticos antes de determinar o comprimento radicular, no preparo químico-mecânico antes da desobstrução e do alargamento foraminal, na desinfecção de cones de obturação, para modelar o cone principal de guta-percha, na remoção de guta-percha durante retratamento, na desinfecção do espaço protético, entre outras possibilidades. Pode-se concluir que a clorexidina, em diferentes concentrações, apresenta uma atividade antimicrobiana de amplo espectro, incluindo bactérias Gram-positivas, Gram-negativas e fungos, tem sua ação antimicrobiana aumentada por meio do efeito de substantividade, não tem atividade solvente sobre os tecidos, no entanto, essa é superada pela forma gel devido à sua capacidade de ação reológica e por sua lubrificação dos instrumentos endodônticos durante a ação mecânica desses; sua biocompatibilidade é aceitável, com relativa ausência de citotoxicidade.

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