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Cinco vezes em que o dentista foi retratado de forma “hostil” pela sétima arte

“A arte imita a vida ou a vida imita a arte?” essa questão, levantada em um reality show de sucesso da TV aberta, fez com que a população brasileira se colocasse a refletir sobre as influências que sofremos de acordo com o que lemos, assistimos ou ouvimos. É fato: a arte imita a vida, mas a vida se inspira na arte. É inegável as influências que a mídia, sobretudo o cinema e a televisão, tem sobre o comportamento das pessoas.

Se essas mídias propõe desde às tendências da moda até o que se vestir, qual é o padrão de conduta e perfil adotado pela sétima arte para os dentistas?

Em Root Cause (A Raiz do Problema, título em português), que ficou em cartaz na Netflix por um tempo, o cineasta se vale de aparatos lúdicos e cênicos, atrelados a uma linguagem documental alicerçada em padrões que não se atêm ao método científico. O resultado: um filme controverso que foi severamente criticado por especialistas do mundo todo.

O uso da imagem do dentista de forma jocosa, as vezes até medonha, há tempos é alvo do cinema. Se a vida se inspira na arte é comum, então, que as pessoas tomem como base esses filmes que utilizam, muitas vezes, narrativas falaciosas, para entender “o ser dentista”.

Confira cinco peças audiovisuais em que o dentista foi caracterizado de maneira hostil pela sétima arte:

 

– O Dentista (1932)

Esse é um dos filmes mais antigos cuja figura do dentista aparece. W.C. Fields é um dentista que se vale de métodos nada convencionais para tranquilizar pacientes. Golfe na recepção e gelo como anestésico são dois exemplos. Lutar com pacientes e utilizar uma espingarda como forma de extração do dente já chegou ao nonsense e, de fato, contribuiu para uma imagem manchada do dentista no audiovisual mundial.

 

 

 

– Mr. Bean no Dentista (1992)

A série protagonizado por Rowan Atkinson tira sarro de tudo, é verdade. No episódio “Mr. Bean no dentista”, o alvo das piadas foi o dentista. O dentista, com uma cara sisuda, é acidentalmente golpeado por Mr. Bean com a anestesia. Em seguida, o próprio protagonista faz e refaz o próprio procedimento;

 

 

 

– Procurando Nemo (2003)

Durante toda a empreitada de Marlin em busca de Nemo – seu filho, um peixe-palhaço, que se perdeu em alto mar – uma das cenas mais clássicas da animação se passa no consultório de um dentista na austrália. Mais uma vez, o dentista é alvo de piadas, após ser atacado por aves em seu consultório. A cena cômica coloca, mais uma vez, o profissionalismo da classe em xeque, uma vez que a pobre criança atendida se vê desesperada enquanto o dentista se defende dos pássaros;

 

– A Fantástica Fábrica de Chocolate (2005)

O pai de Willy Wonka – de A Fantástica Fábrica de Chocolate – é dentista e foi antagonizado por não deixar o jovem Willy comer doces. O personagem é construído de forma maquiavélica e que, sem pudor, censura o filho de comer chocolates no Dia das Bruxas. Tal personalidade faz com que o Wonka filho fuja de casa para construir a fábrica. Um dos fios narrativos do longa é o trauma de Willy Wonka com o pai e todas as vulnerabilidades que ele tem pelo fato de o pai ser dentista;

 

 

– Se Beber Não Case (2009)

“Se Beber não Case” é sem dúvidas uma das trilogias de comédia mais cômicas dos últimos 10 anos. A figura do dentista, entretanto,  é novamente colocada em xeque pela personalidade do Dr. Stu Price. São sucessivas as piadas que são feitas contra ele pelo fato de ser dentista. Além disso, o personagem logo no primeiro filme extrai o próprio dente sem anestesia para mostrar que ele é “um bom dentista”. Mais um estereótipo para a conta dos dentistas na sétima arte. Verdade seja dita: no último filme, por ser dentista, Dr. Stu foi o herói da vez;

 

 

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