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Cientistas conseguem regenerar esmalte dentário e reduzir dor de cárie

Em dois estudos recentes, pesquisadores da University of Southern California (USC) descobriram uma enzina importante para a formação do esmalte dentário e uma forma de incentivá-la a regenerar esse esmalte, o que pode ajudar a reduzir a dor da cárie de maneira mais efetiva do que uma restauração. Matrix metalloproteinase-20, ou MMP20, é encontrado apenas em dentes, e trabalha com outras enzimas para organizar os cristais que formam o esmalte.

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Pesquisadores descobriram uma maneira de criar uma substância similar ao esmalte quase tão resistente quanto a versão natural (Foto: acervo Dental Press)

Por causa da biocerâmica que protege os dentes, a mais resistente encontrada no corpo humano – um tecido morto que não se regenera –, os pesquisadores descobriram uma maneira de criar uma substância similar ao esmalte quase tão resistente quanto a versão natural. O selante que mantém a restauração no lugar pode enfraquecer com o tempo, levando os pesquisadores a procurar melhores maneiras de reduzir a dor associada a caries.

“Reconhecer a função do MMP-20’s na biomineralização é um dos primeiros passos para aprender como o esmalte natural é formado”, diz Dr. Qichao Ruan, pesquisador pós-doutor associado na USC. “As descobertas acerca do MMP-20 não só nos ajudam a entender melhor os mecanismos da formação do esmalte, mas também pode ser aplicado no desenvolvimento de novos biomateriais para futuras aplicações clínicas na odontologia restauradora.”

Os pesquisadores descobriram, primeiro, a existência e o funcionamento do MMP-20, detalhado em um artigo publicado na revista Biomaterials. Tendo o conhecimento de como o esmalte se forma, e utilizando a proteína que previne que materiais orgânicos indesejados se formem nos cristais do esmalte e guiem o crescimento, pesquisadores começaram a vislumbrar uma maneira de reparar o esmalte.

No segundo estudo, publicado na mesma revista, os pesquisadores testaram o hidrogel em um modelo que simula os processos bioquímicos da cavidade oral e em molares humanos, sem lesões que poderiam gerar cáries.

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Eles fatiaram o dente em três ou quatro pedaços, criaram neles cáries artificiais e, depois, expuseram-nos a amostras de salivas artificiais de acidez variadas. Íons supersaturados de cálcio e fosfato, similar aos da boca, produziram uma substância similar ao esmalte, mas a estrutura desorganizada de cristais formou o que os pesquisadores chamaram de “adesivo mais fraco”. O hidrogel, no entanto, reduziu a profundidade de lesões de 50% a 70% após uma semana de aplicação do produto.

Os pesquisadores agora estão trabalhando em uma solução para formar um esmalte mais forte, para poderem avançar para os testes clínicos em humanos.

Fonte: United Press International (UPI)

 

 

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