O ChatGPT teve 72% de precisão em decisão clínica, segundo uma pesquisa recente realizada pelo Mass General Brigham. O estudo trouxe à tona resultados intrigantes quanto à utilização da inteligência artificial na área da saúde, mais especificamente na Odontologia.
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A análise revelou que o ChatGPT demonstrou estabilidade em cuidados primários e de emergência, bem como em diversas especialidades médicas. No entanto, o estudo apontou desafios na tarefa de realizar diagnósticos diferenciais.
Colocando o ChatGPT à prova em um cenário clínico completo, os pesquisadores do Mass General Brigham buscaram determinar se a inteligência artificial poderia efetivamente conduzir um encontro clínico com um paciente, incluindo a recomendação de investigações diagnósticas, a tomada de decisões sobre tratamento e a emissão de diagnósticos finais.
Os resultados foram surpreendentes, com o ChatGPT demonstrando “impressionante precisão”, apesar de algumas limitações, como a possibilidade de gerar informações incorretas. A importância desse estudo reside no fato de que a inteligência artificial, representada pelo ChatGPT, demonstrou ser uma ferramenta promissora no auxílio aos profissionais de saúde.
Pesquisadores do Centro de Inovação em Pesquisa Operacional da MGB treinaram o ChatGPT com base em 36 casos clínicos publicados no manual clínico da Merck Sharpe & Dohme. Eles avaliaram a precisão do modelo em diagnósticos diferenciais, testes diagnósticos, diagnósticos finais e na gestão de cuidados, levando em consideração a idade do paciente, sexo e gravidade do caso.
Resultados
Os resultados indicaram que o ChatGPT alcançou uma precisão geral de 71,7% nas decisões clínicas envolvendo os 36 casos. O modelo apresentou possíveis diagnósticos, emitiu diagnósticos finais e recomendou planos de tratamento. A pesquisa utilizou um método estruturado de cegamento para atribuir pontos às respostas corretas às perguntas.
A área em que o ChatGPT demonstrou melhor desempenho foi o diagnóstico final, com uma precisão de 77%. No entanto, o modelo teve seu desempenho mais baixo na realização de diagnósticos diferenciais, alcançando apenas 60% de precisão, assim como na tomada de decisões de gestão clínica, com uma taxa de precisão de 68% com base nos dados clínicos nos quais a ferramenta de IA foi treinada.
Esses resultados oferecem insights valiosos sobre o potencial da inteligência artificial na odontologia, mostrando que ela pode ser uma ferramenta valiosa, especialmente em situações de diagnóstico final. Contudo, fica evidente que os dentistas continuam sendo especialistas na realização de diagnósticos diferenciais, uma habilidade essencial no campo de trabalho.
Antes que ferramentas como o ChatGPT possam ser consideradas para integração em cenários clínicos, mais pesquisas e orientações regulatórias são necessárias, de acordo com o Mass General Brigham. Além disso, a MESH IO, uma incubadora de inovação, está investigando se as ferramentas de inteligência artificial podem aprimorar o atendimento e os resultados dos pacientes em áreas com recursos limitados nos hospitais e consultórios.