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Cerca de 340 mil dentistas devem se cadastrar no Ministério da Saúde contra a Covid-19

Ministério da Saúde espera cadastrar quase 5 milhões de profissionais de 14 áreas diferentes da saúde. Ação de combate ao Coronavírus busca auxiliar funcionamento do SUS.

Ministério da Saúde

O Ministério da Saúde vai cadastrar cinco milhões de profissionais de saúde, dentre os quais quase 340 mil são dentistas, que poderão atuar em todo o país no combate ao Novo Coronavírus. O reforço é para auxiliar gestores do Sistema Único de Saúde, nas ações de combate a Covid-19 a partir da capacidade individual  de trabalho de cada um desses profissionais.

Além de cirurgiões-dentistas, profissionais de outras 13 áreas de atuação deverão ser cadastrados e capacitados a partir dos protocolos clínicos e filosofias de tratamento referentes à doença. Apesar de obrigatório, o cadastro dá a opção do profissional escolher se quer ou não participar das ações  de combate.

“Estamos começando a construir agora esse cadastro e focando primeiro nos profissionais de saúde que têm disponibilidade e que querem contribuir e enfrentar de peito aberto, indo para os estados onde houver maior necessidade para reforçar equipes médicas em todo o Brasil. Por enquanto, estamos apenas cadastrando para saber, repito, quem pode, quem quer e quem tem disponibilidade para ajudar os estados”, esclareceu o ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta.

A iniciativa é parte da Ação Estratégica “O Brasil Conta Comigo – Profissionais da Saúde”, criada pelo Governo Federal, por meio do Ministério da Saúde, considerando a emergência em saúde pública decorrente da Covid-19 e irá durar enquanto o estado de emergência de saúde pública permanecer.

portaria n° 639, publicada na quinta-feira (02) no Diário Oficial da União, lista as 14 áreas que deverão ter os profissionais cadastrados. São elas:

  1. serviço social;
  2. biologia;
  3. biomedicina;
  4. educação física;
  5. enfermagem;
  6. farmácia;
  7. fisioterapia e terapia ocupacional;
  8. fonoaudiologia;
  9. medicina;
  10. medicina veterinária;
  11. nutrição;
  12. odontologia;
  13. psicologia;
  14. técnicos em radiologia.

Os conselhos destas áreas deverão enviar ao Ministério da Saúde os dados dos respectivos profissionais e deverão solicitar aos profissionais registrados que realizem o cadastramento no endereço eletrônico: https://registrarh-saude.dataprev.gov.br e mantenham as informações atualizadas. O trabalho, ao fim do serviço, deve gerar uma indenização em dinheiro compatível a função exercida pelo profissional.

“Se você é profissional de saúde, se você entende que pode sair da sua cidade para ir atender em outra cidade a qualquer momento, se você está bem de saúde, se entende que está apto a fazer, faça o seu cadastro. Isso vai ajudar o Ministério da Saúde a saber que em determinado lugar ou momento quem quer e quem pode fazer parte de uma força-tarefa para pontualmente entrar num lugar, atender e ajudar a organizar a saúde. Essa organização é necessária porque na Itália, por exemplo, logo no começo da epidemia perderam 45% da força de trabalho. Normalmente, nos casos mais leves, as pessoas levam até 14 dias para voltar ao trabalho e esse tempo é muito grande nesse momento de pandemia”, reforçou o ministro.

Os cirurgiões-dentistas representam quase 7% do total de profissionais que configuram nos que estão aptos, segundo o governo, para fazer parte dessa ação de combate ao Coronavírus.

CAPACITAÇÃO

O Ministério da Saúde irá capacitar esses profissionais de saúde nos protocolos oficiais de enfrentamento à Covid-19 por meio de curso a distância. Após o preenchimento do formulário de cadastro, o profissional terá acesso ao curso de capacitação e, após a conclusão, receberá o certificado. Caso o profissional não realize o cadastro ou não conclua o curso de capacitação, o Ministério da Saúde irá informar ao conselho correspondente.

O profissional poderá sinalizar ao final do curso de capacitação se deseja fazer parte das ações de enfrentamento ao coronavírus, assim poderá ser chamado para trabalhar em locais onde há necessidade, conforme a dinâmica da circulação do vírus no território nacional. O recrutamento desses profissionais ficará a cargo dos gestores locais do SUS.

“Ainda não é convocação e não é obrigatório, mas se for convocação é previsto em lei que pode convocar”, pontuou o ministro Mandetta.

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