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Capes altera as ferramentas de avaliação para cursos de pós-graduação e periódicos científicos

A Capes (Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior) alterou as ferramentas para avaliação para cursos de pós-graduação e, também, de periódicos científicos.  A nova ferramenta mede, indiretamente, a qualidade dos artigos publicados pelos programas de pós-graduação de todo o território nacional. O novo sistema é baseado nas recomendações feitas pela Comissão Nacional de Acompanhamento, no PNPG (Plano Nacional de Pós-Graduação).

A nova metodologia para mensurar o Qualis segue um modelo matemática para o cálculo de referências de artigos e do próprio periódico. O instrumento leva em consideração os indicadores bibliométricos de três bases de indexação: a Scopus, a Web of Science e o Google Schoolar. O grande objetivo, que norteou o Grupo de Trabalho, foi a busca por critérios mais objetivos que permitam maior comparabilidade entre as áreas de avaliação, atentando-se para a internacionalização. A proposta se baseia em quatro princípios:

  1. Cada periódico receberá apenas uma classificação, mesmo que tenha sido informado por programas atrelados a mais de uma área de avaliação;
  2. A classificação será dada por uma área mãe – a área mãe é aquela em que o periódico teve maior número de publicações;
  3. Qualis referência – é dado por meio da combinação de indicadores de referência, alicerçados nas três bases de indexação, estipuladas pelo PNPG.
  4. Indicadores bibliométricos – Considera os números de citações referentes ao Scopus, Web of Science e, também do Google Schoolar.

“A gente está chamando de ‘áreas mães’ aquelas onde houve maior número de publicações no período avaliado. Houve, então, uma redistribuição desses periódicos entre as áreas, com um menor número de periódicos para cada uma e, também, a própria Diretoria de Avaliação já calcula o Qualis Referência para as áreas de avaliação para as comissões”, explicou a coordenadora geral de atividades de apoio à pós-graduação, Talita Oliveira.

Os novos estratos de referências são calculados em percentuais, que tomam como indicador as três bases de dados, e são avaliados de 12,5% a 12,5%. A nova categorização, então, se dá da seguinte maneira:

  1. 87,5 define valor mínimo do 1º estrato (A1)
  2. 75 define valor mínimo do 2º estrato (A2)
  3. 62,5 define valor mínimo do 3º estrato (A3)
  4. 50 define valor mínimo do 4º estrato (A4)
  5. 37,5 define valor mínimo do 5º estrato (B1)
  6. 25 define valor mínimo do 6º estrato (B2)
  7. 12,5 define valor mínimo do 7º estrato (B3)
  8. Valor máximo do 8º estrato inferior a 12,5 (B4)

“A gente espera que, com essa nova metodologia, o Qualis tenha mais comparabilidade entre as áreas. A gente também está adotando indicadores utilizados internacionalmente, o que nos dará comparabilidade internacional. Como é um modelo já pré-definido da forma de cálculo, é possível reproduzir esse modelo e permitir que as áreas tenham mais previsibilidade de qual é o estrato que um periódico pode ser enquadrado no Qualis”, destacou Talita.

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