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Cantora Pop faz pausa na carreira por complicações causadas pelo uso de cigarro eletrônico

Imagem: Freepik/Ilustrativa

A cantora americana de música pop, Doja Cat, anunciou recentemente uma pausa na carreira artística por conta de complicações causadas pelo uso excessivo de cigarro eletrônico. O anúncio foi feito na última sexta-feira (20).

Imagem: Reprodução

Em uma publicação em suas redes sociais, a cantora informou que precisou fazer uma cirurgia nas amígdalas por conta do uso exagerado do dispositivo. A diva pop informou que sua amígdala esquerda estava com um abcesso, causado pelo uso contínuo do cigarro eletrônico.

De acordo com o INCA – Instituto Nacional de Câncer, do Ministério da Saúde, “[…] os cigarros eletrônicos expõem o organismo a uma variedade de elementos químicos gerados de formas diferentes. Uma pelo próprio dispositivo (nanopartículas de metal). A segunda tem relação direta com o processo de aquecimento ou vaporização, já que alguns produtos contidos no vapor de cigarros eletrônicos incluem carcinógenos conhecidos e substâncias citotóxicas, potencialmente causadoras de doenças pulmonares e cardiovasculares.

Conhecidos também como Vapes, os cigarros eletrônicos ganharam popularidade nos últimos anos, com uma “promessa” de ser menos danoso à saúde e até mesmo auxiliar fumantes de cigarros convencionais a largarem o vício em nicotina. Contudo, os cigarros eletrônicos também possuem nicotina, além de outras substâncias tóxicas.

Em outra publicação em seu perfil no Twitter, Doja Cat afirmou que faz o uso frequente do cigarro, mas em resposta a um fã, disse que está largando o vape por um tempo e que espera não precisar usá-lo mais.

Imagem: Redes sociais/Reprodução

O uso desses dispositivos reacendeu o debate sobre o tabagismo, sobretudo por alcançarem, também, um público jovem. Comercializados com uma variedade de aromas e sabores e por não exalarem o mesmo cheiro do cigarro convencional, os vapes têm sido aceitos até mesmo em locais fechados.

Entretanto, por trás da imagem “menos nociva” que se criou dos cigarros eletrônicos, existem diversos problemas a serem debatidos, como os riscos à saúde bucal. Problemas como abcessos, perda dos dentes e perda óssea e inflamação na gengiva são comumente relacionados ao uso desse dispositivo.

Desde 2009, a comercialização, importação e propaganda de cigarros eletrônicos é proibida no Brasil, por uma normativa da ANVISA – Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Porém, mesmo com a sua proibição, a venda desses produtos em estabelecimentos comerciais ou pela internet ocorre de maneira ilegal.

Em 2019, a Pesquisa Nacional de Saúde, do IBGE, apontou que 0,6% da população brasileira fazia o uso contínuo de cigarro eletrônico.

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