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Estudo sugere correlação entre calcificação dentária e maturação esquelética

Pesquisadores da Universidad Privada Antenor Orrego (Trujillo, Peru) sugerem em um recente estudo que existe uma correlação positiva entre os estágios de calcificação dentária e os estágios de maturação esquelética.

Uma eficácia máxima no uso de aparelhos fixos ou ortopédicos tem sido associada com o estágio de maturação esquelética. Os parelhos funcionais têm se mostrado mais eficientes quando usados durante o pico de crescimento da mandíbula, em vez de antes dele. Com essa finalidade, a maturação esquelética tem sido avaliada, tipicamente por meio de radiografias de mão e punho; radiografias cefalométricas laterais; ou, mais recentemente, radiografias panorâmicas, para analisar a calcificação de dentes específicos.

O estudo, intitulado “Correlação entre calcificação dentária e maturação esquelética, em uma amostra peruana” e publicado na revista Dental Press Journal of Orthodontics (volume 22, número 3), teve como objetivo determinar esta correlação entre a calcificação dentária e a maturação esquelética, em uma amostra peruana.

Como foi realizada a pesquisa?

Foram avaliadas radiografias panorâmicas, cefalométricas e carpais de 78 pacientes (34 meninas e 44 meninos) com idades entre 7 e 17 anos (média = 9,90±2,5 anos). Nelas, avaliaram-se os estágios de calcificação dentária (canino, primeiro pré-molar, segundo pré-molar e segundo molar inferiores) e de maturação esquelética, pelas avaliações radiográficas da mão e punho e das vértebras cervicais. As correlações entre esses estágios foram avaliadas usando-se o coeficiente de correlação de Spearman. Adicionalmente, a associação entre os estágios em que ocorreram os picos de crescimento mandibular e de crescimento puberal e o grau de calcificação dentária foi avaliada pelo teste exato de Fisher.

Todos os dentes demonstraram correlações positivas e estatisticamente significativas. A correlação mais elevada foi verificada entre o estágio de calcificação do segundo molar inferior e o estágio de maturação esquelética da mão e do punho (r = 0,758, p < 0,001) e o estágio de maturação das vértebras cervicais (r = 0,605, p < 0,001). O surto de crescimento puberal foi identificado no estágio G de calcificação do segundo molar inferior, e o pico de crescimento mandibular foi detectado no estágio F de calcificação do segundo molar.

Quais foram os resultados?

A conclusão foi que, na amostra estudada, houve uma correlação positiva entre os estágios de calcificação dentária e os estágios de maturação esquelética avaliada nas radiografias de mão e punho e das vértebras cervicais. Os estágios de calcificação dentária do segundo molar inferior demonstraram a mais alta correlação positiva com os estágios de maturação da mão e punho e das vértebras cervicais.


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