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Brasil atinge segunda melhor marca de impacto científico em 30 anos

O Brasil atingiu no primeiro semestre de 2019 o segundo melhor nível, em 30 anos, no indicador que mede o impacto da pesquisa científica. O País alcançou somente nos seis primeiros meses do ano a marca de 0,89. A maior foi verificada em 2016 — 0,92, número referente ao ano inteiro. Os critérios de avaliação estão no Web of Science.

Apesar do desempenho promissor no primeiro semestre, o Brasil continua com nota inferior a média mundial, cujo coeficiente da nota é “1”. A avaliação foi feita antes do anúncio de cortes de verbas do CNPq (Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico), apesar de a CAPES (Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior) ter cortado bolsas já no início do ano.

O País atingiu o resultado atual em um momento de corte de recursos das mais diversas pastas do governo federal. Entre elas, o Ministério da Educação (MEC) e Ministério da Ciência e Tecnologia. Há o risco, inclusive, da suspensão de 84 mil bolsas de pesquisas do CNPq – órgão vinculado ao Ministério da Ciência e Tecnologia.

A gestão, segundo o ministério da educação, tem sido feita de forma a priorizar partes do orçamento e o que de fato funciona. “A expectativa é que o índice aumente, pois temos políticas voltadas para o que de fato tem impacto científico”, afirmou o ministro da Educação, Abraham Weintraub.

Os números são da Web of Science, base de dados administrada pela organização Clarivate Analytics utilizada pela comunidade acadêmica. Referência mundial, a plataforma integra uma série de informações sobre a relevância das pesquisas produzidas, como as citações e a qualidade dos estudos, e permite a comparação entre vários países.

O presidente da Capes, Anderson Correia, pondera: “O resultado indica que as políticas implementadas pela Capes no sentido de promover melhorias na avaliação e na racionalização do financiamento estão surtindo resultado”.

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