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Bactéria bucal pode causar endocardite infecciosa

No final do ano passado, pesquisadores da Universidade de Buffalo School of Dental Medicine nos EUA, anunciaram que receberam uma doação de 239 mil dólares do Instituto Nacional de Odontologia e Pesquisa Craniofacial para estudar os mecanismos da bactéria Streptococcus gordonii. A bactéria bucal é uma parte normal do microbioma,  no entanto, é suspeita de causar coágulos sanguíneos, desencadear endocardite e causar risco de vida, uma vez que entra na corrente sanguínea através de sangramento na gengiva.

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 Streptococcus-gordonii

A pesquisa será realizada por uma equipe de laboratório liderada pelo Dr. Jason Kay, professor assistente no Departamento de Biologia Oral, especialista no estudo de fagócitos que têm a capacidade de ingerir, e às vezes digerir, partículas estranhas, como bactérias.

“Nossos glóbulos brancos têm uma série de maneiras de destruir micróbios invasores, mas de alguma forma essas bactérias conseguem escapar, às vezes sobrevivendo dentro das células destinadas a matá-las. Como isso ocorre não é entendido”, disse Kay. “Uma vez que entendermos como essa sobrevivência ocorre, o conhecimento nos permitirá desenvolver tratamentos que impedem que bactérias normalmente boas se tornem ruins.”

A equipe de Kay acredita que a S. gordonii sobrevive dentro dos fagócitos ao resistir aos mecanismos de morte da célula, em parte devido a certas predisposições genéticas. Portanto, o estudo terá como objetivo identificar genes que podem aumentar a sobrevivência das bactérias dentro dos glóbulos brancos, desligando genes específicos dentro dos micróbios e monitorando as interações.

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Além disso, os pesquisadores irão examinar se os fagócitos são modificados ou danificados durante o processo de matar, e como o processo de maturação das células brancas do sangue afeta sua capacidade de destruir as bactérias. Entender essas interações vai ajudar os médicos a prevenir melhor uma das causas da endocardite infecciosa e, finalmente, levar a novos tratamentos para a doença.

Fonte: DentalTribune

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