Pesquisadores da Universidade Estadual de Maringá (UEM) concluíram em um estudo, publicado sob o título “Reflexões sobre a conduta clínica e as sequelas após reimplante tardio” na Dental Press Endodontics, que apesar do reimplante tardio ser uma opção de tratamento em casos de avulsão dentária, outras abordagens clínicas devem ser estudadas e levadas em consideração a fim de minimizar sequelas futuras. A avulsão dentária é uma injúria severa, e o manejo dos dentes e tecidos moles envolvidos durante e após o reimplante é de extrema importância para se obter um prognóstico favorável. Baseado na exemplificação de um caso clínico, o trabalho discute a conduta do reimplante tardio e sugere outras abordagens terapêuticas.
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O trabalho relata o caso de uma paciente de 9 anos de idade, que sofreu avulsão do dente central (elemento #11), o qual foi mantido a seco por duas horas. Foi realizado o reimplante do dente, seguido de contenção flexível durante quinze dias. O dente manteve-se com reposta positiva ao teste de sensibilidade pulpar por cinco meses e, posteriormente, foi iniciado o tratamento endodôntico com dez trocas de medicação intracanal à base de hidróxido de cálcio associado ao propilenoglicol. No controle clínico e radiográfico após seis meses, observou-se sinais de reabsorção radicular por substituição, que permaneceu em posição durante três anos.
Avulsão dentária
A avulsão dentária é uma lesão grave que ocorre comumente, em dentes permanentes anteriores, na infância entre os 7 e 10 anos de idade, e acomete ligamento periodontal, osso alveolar, cemento, gengiva e polpa.
Para dentes avulsionados mantidos a seco e por período extra-alveolar maior que 30 minutos, é confirmado que a maioria das células do ligamento periodontal da superfície radicular sofre necrose e a reabsorção é esperada.
De acordo com o trabalho, o reimplante imediato de um dente avulsionado em seu alvéolo é amplamente indicado. Entretanto, muitas vezes isso não é possível, devido à falta de conhecimento entre os envolvidos ou o acidente ter ocorrido em um local distante de um atendimento odontológico.
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Apesar de entender que o período extra-alveolar e as condições de armazenamento interferem no prognóstico de um dente avulsionado, o artigo afirma que o reimplante tardio ainda é um tratamento empregado, pois muitas vezes, o profissional não possui opções de tratamento frente a esses casos, justificando-se a execução dessa conduta por motivos estéticos e pela manutenção da altura do osso alveolar.
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