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Aparelhos propulsores rígidos são mais eficientes que os flexíveis, diz pesquisa

Considerando-se o grande número de aparelhos propulsores mandibulares disponíveis no mercado, escolher o melhor para o seu paciente não é uma tarefa fácil. Para ajudar o clínico com essa decisão, um grupo de pesquisadores de Curitiba (PR), Fortaleza (CE) e Ann Harbor, nos Estados Unidos, descreveram o desenvolvimento desses aparelhos e a experiência clínica de vinte anos na sua utilização.

Os aparelhos funcionais fixos apresentados foram classificados em flexíveis, rígidos  e híbridos, e o modo de ação de cada um deles foi descrito e ilustrado por meio de quatro casos clínicos.

Tipos de aparelho

Os propulsores flexíveis se constituem por uma mola espiral intermaxilar ou por uma mola fixa, que garantem elasticidade e flexibilidade. Esse tipo de aparelho permite boa liberdade de movimentação da mandíbula, sendo que os movimentos de lateralidade podem ser realizados com facilidade. A quantidade de força é variável e pode ser controlada pelo profissional. Porém, há um inconveniente: há uma propensão à ocorrência de fraturas, tanto dos aparelhos quanto do sistema de suporte (principalmente na arcada inferior). O Jasper Jumper, o CS2000 e o Jasper Vector são exemplos de aparelhos flexíveis.

aparelhos propulsores rígidos

Os aparelhos rígidos, como o Herbst, o APM e o MARA, têm duas distinções em relação aos flexíveis: não fraturam facilmente (embora não possuam elasticidade, nem flexibilidade) e, após a adaptação e ativação, não permitem que o paciente morda em máxima intercuspidação habitual. Assim, a mandíbula do paciente fica 24 horas por dia em uma posição avançada, criando um maior estímulo para o seu crescimento. A ação dos propulsores rígidos é baseada em um mecanismo telescópico, que estimula o reposicionamento anterior da mandíbula quando o paciente morde em oclusão.

Os aparelhos híbridos, por sua vez, são aparelhos rígidos com sistemas do tipo mola, com o objetivo de fazer a movimentação dentária aplicando 24 horas de força elástica contínua, o que substituiria o uso tradicional de elásticos com direção de Classe II.

Resultados

Ao analisar os cinco casos clínicos, ao longo de 20 anos, os pesquisadores concluíram que os aparelhos propulsores rígidos fornecem mais resultados esqueléticos do que os flexíveis e os híbridos.  O estudo mostra que esses últimos têm efeito semelhante ao uso de elásticos com direção de Classe II e, basicamente, corrigem a má oclusão de Classe II com alterações dentoalveolares. Do ponto de vista biomecânico, os propulsores fixos estão mais indicados para tratar a Classe II em pacientes dolicofaciais do que os elásticos de Classe II.

O artigo completo está disponível na edição v23n2 da Dental Press Journal of Orthodontics (DPJO). Clique aqui e saiba como assinar. 
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